Tropicana.

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Aviso de conteúdo sensível: Insinuações a sexo.

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20 de Setembro de 2015.

Jasmine se sentou em um susto ao perceber que dormia sozinha na cama de Melinda, a televisão ligada passava algum documentário que ela teria colocado para estudar, já que seu lápis e o diário estavam ao seu lado, essa foi a sua dedução. Lembrava que havia feito frio e que a morena disse que era para ela deitar, que não poderia ir junto porque ainda precisava terminar de fazer a tal langerie. Dalia até havia relutado por muito tempo, mas visto que a empresária iria realmente demorar, obedeceu.

A ruiva procurou pelas horas e constatou que já era madrugada, estava tudo muito silencioso, então levantou para achar a companheira.

Se colocou de pé e com passos silenciosos foi até a porta do quarto que estava aberta. Ao sair dele, viu uma Melinda debruçada por cima das suas coisas de costura, o braço escondia seu rosto e parecia dormir calmamente, a escritora riu baixo, mesmo que tivesse ficado um pouco brava por saber que a morena havia sentido sono e não deixou seu trabalho de lado, insistiu tanto a ponto de ser vencida e acabar dormindo ali mesmo, de mal jeito e sentada, no frio.

— Amor? — Jasmine chamou com cuidado vestida de toda a mansidão que tinha. 

Melinda não se mexeu, seguia na mesma posição, quieta.

— Amor? — Se aproximou e tocou no ombro dela com toda a delicadeza para que ela não se assustasse. 

A morena levantou a cabeça e olhou para Dalia com os olhos baixos de quem já dormia há muito tempo, com uma expressão confusa. 

— Vamos deitar, você tá ai há muito tempo. — Ela chamou. — Precisa descansar. 

Em um assentir de cabeça a empresária concordou, então ergueu os braços se espreguiçando, levantou, mexeu o quadril de um lado pro outro em alongamento e esticou as costas, a posição que estava era desconfortável demais e sentia a dor agora. A langerie chamou a atenção da artista, estava quase pronta, mas já era linda. Nela dava para ver a delicadeza e o cuidado tamanho que Melinda havia tido. Era preta, customizada com o body chain e as pedrarias que a cliente havia pedido, ela conseguiu fazer. É óbvio que ela conseguiria fazer.

— Ficou linda, muito linda. — Jasmine elogiou a moça abraçando-a e a levando para o quarto.

— Você gostou? — Perguntou se deitando na cama junto com a ruiva, continuaram ali abraçadas. 

— Muito. Você tem talento, sabe muito bem o que faz. — Respondeu. 

E lá estava denovo, o pé de Melinda que roçava no da companheira fazendo carinho, Dalia sorriu ao perceber, mas nada comentou, gostava muito daquilo e não queria que ela parasse de fazer. 

— Muito obrigada. — A morena beijou a ponta do nariz arribitado da ruiva, como de costume entre as duas.

Fecharam os olhos tentando dormir, mas muito tempo passou e ficaram apenas na tentativa, o sono havia sido espantado.

— Meu bem? — Dessa vez foi Melinda quem chamou, em um sussurro, para certificar se Jasmine estava dormindo.

— Oi. — A escritora respondeu abrindo os olhos.

— Não consigo dormir, você também? — Cobriu as duas até o pescoço e colou ainda mais seu corpo pálido.

— Eu também. 

— Quer conversar até o sono chegar? — Perguntou, pois a artista poderia querer ficar em silêncio com os olhos fechados.

— Por favor. — Respondeu. — Inclusive, preciso falar uma coisa. — Recordou-se da informação. 

Um Livro para Melinda - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora