• capitulo 22 •

1.7K 110 3
                                    

LILITH

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

LILITH

_ Sabe o que eu percebi? - neguei com a cabeça - Que você ainda está com minha blusa, gostou tanto assim? - ele diz e ri da minha cara vermelha . Quando vou falar algo, ele passa na frente - Pode ficar! Na verdade, ela fica melhor em você do que em mim mesmo... - ele fala e dá um sorriso de canto.

Agradeço a ele por tudo, e quando vou dar um beijo na sua bochecha, ele acaba virando na mesma intenção, mas acabamos dando um selinho rápido.

O olho um pouco corada e depois saio do carro, sorrindo que nem tonta.

_ ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA CARALHO? - meu pai grita assim que me vê na sala. - Passou a noite fora, o dia longe e nem mandou mensagem. Quando chega, ainda chega com blusa de homem! - enquanto fala, se levanta vindo ao meu encontro.

_ Meu bem, se acalma! - Ellie fala atrás dele - Ela podia ter mandado uma mensagem pelo menos, mas o que importa é que ela tá aqui né? - ela fala incerta.

_ Ela devia ser mais agradecida, cuidei desde sempre e ainda aturo as coisa de "adolescente" dela. - Me dá vontade de chorar ao ouvir aquilo sair da boca do meu próprio pai, mas me seguro - Se sua mãe estivesse entre nós, ela estaria decepcionada com essas suas atitudes, nem ela ia conseguir olhar para a própria filh... - o choro some e o ódio me sobe. Interrompo o que ele estava falando.

_ LIMPA A BOCA  para falar da minha mãe! - grito, mas vou abaixando o tom, até normalizar - Se você cuidou da sua própria filha, não fez mais que sua obrigação de pai! Se você me atura, imagina eu, tendo que aturar essas coisas que você fala pra mim! - suspiro antes de terminar - E se minha mãe estivesse decepcionada comigo, com você estaria bem mais né? Se ela visse como você me trata, tenho certeza que daria repulsa nela. Não sei o que ela viu em você! Bom, até um tempo atrás era o melhor pai, mas agora nem sei mais. - Durante o que falo ele continua com seu olhar sério, mas quando digo "era o melhor pai" sinto seu olhar vacilar, mas não ligo, apenas dou de costas e entrou no meu quarto.

Quando entro, bato a porta com força e me jogo na cama, de barriga pra baixo, me desabando em choro. Realmente não consigo entender o porquê dele falar tudo isso, porque dele fazer isso, logo agora.

Ouço a porta se abrir e imagino ser o John, então finjo, ou pelo menos tento, fingir estar dormindo; mas sinto um corpo se sentando na ponta da minha cama e me puxando para seu colo. Minha cabeça repousada nas suas pernas, já sei que é Ellie, e então me permito chorar mais, enquanto carícia meus cabelos.

_ Vai ficar tudo bem filha. - Ellie fala baixinho, como se tivesse falando com si mesma, mas eu solto um pequeno sorriso ao ouvi-la - Te amo Lili! - logo depois, sinto meus olhos pesarem.

Acordo meio zonza e com dor de cabeça por ter dormido chorando, viro para o outro lado da cama e percebo que Ellie já não estava mais no meu quarto. Viro para minha mesa da cabeceira e pegou meu celular, vendo ser 3h30.

Comecei a mexer no celular, e como acabei ficando sem sono, levanto da cama indo a cozinha, para pegar um remédio para a dor de cabeça.

Subo para meu quarto novamente, tomo um banho e troco de roupa, colocando moletom; pego meu celular e a chave do meu quarto, saio do cômodo e fecho o trinco.

Saio de casa e coloco meus fones, ouvindo alguma música aleatória, e saio andando pela a rua, sem um destino definido. Acabo por lembrar das discussões recentes com meu pai, e caio no choro. Sim, no meio da rua.

Sinceramente não acredito em tudo o que o John me disse.

Ele falou sobre minhas roupas, uma coisa que nunca o incomodou, e sobre a minha mãe.

Ele não considerou as coisas que estava falando, jogou na minha cara que não sou a melhor filha que poderia se ter e que eu tenho muitos defeitos.

O que ele me falou, me fez refletir.

Eu só posso ser um peso na vida dele. Não só na dele, como em qualquer um que eu esbarro. Para meu pai, se tornou um peso depois que a minha mãe morreu.

Para Ellie também, que chegou em casa e já teve uma responsabilidade nas costas, Madi sempre esteve do meu lado quando precisei, até mesmo com o Cole, que com poucos dias que conheci, já tinha até brigado com ele.

Ninguém merece alguém como eu, para ficar incomodando a vida alheia.

Ninguém merece alguém como eu, para ficar incomodando a vida alheia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um Amor Adolescente Onde histórias criam vida. Descubra agora