🌈Os 7 Porquês

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🌈Música do capítulo: Life Goes On - BTS

    Em um banco com a tinta branca ainda um pouco fresca no Central Park, jazia um jovem tocando um violão de madeira escura e sua plateia se resumia a uma garota de pele vívida e cabelos longos que iam até o meio da costas. Ela fazia aquela brincadeira de contar as pétalas de uma margarida. "Bem me quer? Mal me quer?". Ele tocava um pouco, parava e anotava numa folha as novas partituras.
Na frente deles, quatro garotos altos jogavam frisbee dando tudo de si, pulando e pegando o disco no ar. Atravessando o campo do jogo, outros dois que faziam parte da turma dividiam a carga de uma cesta de piquenique. Um deles soltou uma das alças de repente e saiu correndo de um labrador que começou a latir pra ele, deixando seu amigo em apuros.
— Hyung! Isso é pesado! Volte aqui e deixe de ser marica! — gritou Taehyung em desespero.
Na correria, Jin atrapalhou o jogo de Jimin, Hoseok, Jungkook e Namjoon, fazendo com que não alcançassem a tempo e deixassem o frisbee cair no lago. Enraivecidos, agora tinha uma "matilha" atrás de Jin. Eles ameaçavam jogar o estraga prazeres na água e essa doce confusão fez os dentes de S/n tomarem um pouco do Sol da Tarde.
Yoongi, vendo-a distraída, roubou-lhe um beijo que a fez corar. Agora o compositor tinha toda a atenção que precisava. Voltou a tocar, mas desta vez juntou todas as notas que escreveu mais sua voz. Ele cantou para ela. A garota ficou impressionada com os pássaros que pousaram nos galhos de uma árvore enorme para ouvir a cantoria. Min Yoongi, Branca de Neve ou encantador de animais?
— Que linda! Você já deu nome pra canção, Yon?
— Estava pensando em "Life goes on". O que acha?
S/n se pôs de perna de índio e deitou a cabeça no ombro dele. Então acariciou-lhe as madeixas e o beijou. Eles aprenderam a não dar mais Aquela importância de permanecer nas sombras. Tinham descoberto como era vultoso apreciar os momentos que passavam juntos. Por sorte nenhum paparazzi passaria pelos seguranças disfarçados de turistas. A Hybe investiu na segurança de seus preciosos astros só depois do pior ter acontecido, uma hipocrisia nojenta. Ao menos agora eles podiam se sentir mais à vontade.
— "Vida que segue", gostei — anunciou brincalhona entre o beijo.
— Sei que sim.
— O cara do hospital te ligou? — os dedos dela entravam e saiam da cabeleireira escura dele com ternura.
— O Max? Não, ainda não. Acredito que em breve ele vá ligar.
— Seria o máximo se vocês dois fizessem uma collab.
— É, seria mesmo.

Um tempinho atrás no hospital...

Cuidado, cuidado para não derrubar essa bandeja. Já pensou no mico que irá pagar se derramar o suco na roupa?, era essa a preocupação de S/n que estava a caminho do quarto de Yon levando seu café da manhã. E como se o pensamento, seja ele pedindo o reverso, apenas de mentalizar com tamanha força não derrubar o que levava; ela trombou no corredor com um homem de barba bem feita e terno azul. A lambança foi feia e a garota, desesperada, tratou de arrumar papéis para limpar aquela roupa de marca. Aliás, tudo o que o homem de terno vestia era caro, dos anéis ao sapato.
— Moça, pode deixar que eu mesmo me limpo — a voz agradável dele era familiar a ela de alguma forma. Ao erguer a cabeça, S/n se atrapalhou toda. Outro cantor famoso? Que coincidência!
Não se pode negar que S/n é um farol para estrelas da música. A fada madrinha dela fez um curso de excelência.
— Você é o Max? O cantor pop Max? — indagou desacreditada.
— Sim? — Ele fez uma expressão divertida enquanto tirava o casaco do terno, posicionando o tecido na mão como um garçom de restaurante chique, e continuou a caminhar. A banalidade de um acidente não deveria ser costumeira àquele homem.
— E-espera, preciso me desculpar.
— Está tudo bem, com licença.
S/n o deixou ir, a perda da oportunidade era representada pelo sanduíche natural desmontado no chão. De segunda chance, uma identidade estava caída bem aos pés dela. Veja a vara de condão da fada madrinha sendo usada novamente. Pertencia a Max e S/n não pensou duas vezes antes de pegar e tentar devolver a ele.
A pressa do cantor era justificada pelo seu atraso para a consulta de sua mulher. O casal estava esperando um bebê que logo, logo nasceria. A esposa fazia exames rotineiros, mesmo assim ele fazia questão de largar os compromissos e segurar a mão dela naqueles momentos.
— S-senhor Max? — S/n o pegou desprevenido. Max olhava de um lado para o outro, totalmente perdido pelos corredores hospitalares.
— Estou muito ocupado agora, moça. Não posso tirar fotos nem assinar nada.
— E nem vai precisar. Tome. O senhor deixou cair — Ela entregou a identidade e Max viu que pisou na bola.
— Nem sei como agradecer — Max deu um sorriso sincero.
E foi aí que S/n mandou o papo e ficou amiga dele, da esposa, e depois apresentou Yon a ele. A garota era um prodígio quando se tratava de gentileza. Os dois, Suga e Max, viraram brothers rapidinho e, descobrindo suas profissões em comum, fizeram planos e mais planos para o futuro.

❝𝐂𝐨𝐥𝐨𝐫𝐬 ❼ ❞Onde histórias criam vida. Descubra agora