🌈Música do capítulo: Teach Me How To Love - Shawn Mendes
Uma causa une as pessoas e durante essa união elas, devotas, agem que nem guerreiros espartanos na linha de frente. O olhar é focado, o peito estufado e os pés firmes no chão. Eles estão ali arriscando as vidas para proteger as esposas e os filhos. Os escudos, as lanças, as espadas e os arcos e flechas lutam em conjunto para derrotar o inimigo. Esses instrumentos mortais geralmente seguem uma estratégia, porém há ataques que não precisam de líderes para acontecerem, basta a vontade de ir lá e conquistar, no caso, salvar. Os meninos, quando se aliaram para resgatar S/n, sem perceber, deixaram para lá a rixa que tinham um com o outro e isso continuou pelo bem dela.
No jatinho particular deles, ela fazia FaceTime com o pai. As risadas que ela dava... Puxa, S/n mal sabia que os rapazes se tornaram mudos para as agraciar. Ela não podia escutar nada com aqueles Galaxy Buds Live, presente de Lin a ela pela recuperação, tampando os ouvidos. Os fones isolavam o som externo e ela desligou o ruído ambiente para ouvir bem seu progenitor.
— Sabe, Jimin, eu te admiro. — Ajeitando-se na poltrona e tirando o travesseiro do pescoço, Jimin encarava Jungkook. — Pra falar essas coisas na nossa frente tem que ter culhões.
Os limites de uma conversa civilizada tinham ido por água abaixo assim que S/n começou a ligação, e isso por causa de um único membro do grupo.
— É. Alguém aqui tem que ter — Jimin sorriu atrevido e o maknae bufou indignado.
— Vocês não acham uma falta de respeito falar dela... dessa forma quando ela está logo ali? — alegou Hoseok incomodado.
— Nem se eu gritar que ela tem OS SEIOS MAIS MACIOS DO MUNDO ela vai ouvir.
Jimin, de uns tempos para cá, vem se mostrando petulante. Ele fala o que quer para qualquer um quando bem entende. Essa ousadia está diretamente ligada ao privilégio dele ter tido S/n de três maneiras diferentes e SOZINHO. Ele se recorda como num sonho lúcido de ter chupado a bocetinha doce da pequenina dando sopa na sua cama, do corpo molhado dela se esfregando no dele naquela banheira minúscula, ou daquela vez que S/n pôs sua calcinha no seu rosto e deixou com que a fodesse na prima-dona do consultório psicológico. Jimin estava se achando e, sendo ele um safado, aquilo só o fez se soltar ainda mais.
— Se você berrar assim de novo... Ah, esse gnomo nem vale meu esforço — e Suga deu as costas, posicionou os fones e ficou quieto. Jimin virou um TNT, só faltava a faísca.
— A opção é de vocês. Eu não tenho vergonha de dizer todas as coisas pervertidas que imaginei fazendo com ela. Aquelas coxas — ele fingiu as ter nos dedos e apertou como se pudesse esmagar as duas de uma vez. RM tratou de cortar a onda dele, baixando aquele gesto estranho.
— Garotos não falam sobre essas coisas — ressaltou Namjoon, os olhos em seu novo livro.
A leitura da vez foi indicação da namorada, na verdade uma contra indicação. S/n via livros de temas de realeza com olhos modernos e feministas, fazendo com que Nam fosse obrigado a fazer um estudo profundo em cima de A Dama Mais Apaixonada de Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway — ele se perguntou como todas elas conseguiram se organizar para bolar uma única história — para saber o que ele não devia fazer para não a desagradar. Nam não conseguia imaginar a little girl dele lendo aquela parte picante entre Fiona e Byron no estábulo. Até ele teve de tomar ar. Ela tinha evoluído rápido na vida sexual e ele só pensava em ensinar a ela ainda mais coisas que tinha visto em sites não indicados para menores de idade.
— Pois bem. Sobre o que os garotos falam? Porque as garotas comentam sobre nossos gominhos, nossos bíceps, sobre o tamanho do nosso...
— Já deu, Jimin — alertou Jin. — Não é porque já fizemos e com a mesma garota que temos que falar sobre isso, saca? Quero preservar a dignidade da S/n o quanto possível.
— Eu também! Não é como se estivesse espalhando fofocas na rede sobre o quanto ela senta gostoso.
— Jesus Cristo! — Hope se espantou e Nam apertou o cenho.
— Eu só quero falar disso com alguém ao invés de correr o risco de ficar esquizofrênico.
— Por mim você continua no seu solilóquio — Nam virou uma página do livro, o semblante variando entre espanto e "eu vou matar o Jimin se ele disser mais um piu".
— Que saco! Jungkookie, vai! Fala como foi a primeira vez dela! Ela reclamou muito?
— Taehyung, se você não fizer o seu soulmate fechar a matraca agora o pau vai quebrar dentro desse avião — suplicou Jungkook de um jeito diferente ao distraído Tae, que fotografava a cidade minúscula da janela da aeronave.
— Se eu te escutar dessa vez, só dessa vezinha mesmo, promete parar de fazer alarde? — Jimin aceitou de bom grado o auto sacrifício de Tae. — Certo.
— Certo o quê?
— Pode falar, idiota.
— Tá nervoso, Taetae? — Tae revirou os olhos e Jimin se inclinou para frente. — Ela é boa no boquete?
— Okay, já deu — e voltou para a janela.
— Taehyung — chamou Jungkook, impaciente.
— Faz o que quiser. Pode trancar ele no banheiro. Eu não ligo.
— Eu só estou curioso... Até parece que ela vai parar de gostar de você se você falar bem das habilidades dela, Tae — insistiu Jimin.
— Se isso sair daqui eu mesmo corto sua língua fora. — Jimin fez um zíper fechar sua boca e jogou a chave fora. — No dia da briga do Nam e do JK eu fiquei altão. — Chimmy riu da gíria, depois o deixou prosseguir: — Comecei a pensar em muita besteira quando fiquei sozinho no meu quarto. O cheiro dela parecia ter empesteado meus lençóis. Aí resolvi tomar banho para clarear a mente, mas no final foi uma péssima ideia. Quando eu me dei conta, a S/n apareceu nua no meu banheiro pedindo para entrar no box comigo. Eu tentei dizer que não, mas ela não me deu escolha. Disse estar com muita vontade e aquela carinha que ela fez... Nossa, nunca me senti tão bem.
— Eu só perguntei se ela é boa de chupar, não como foi que ela fez você parar de ser careta.
— Jungkook, pode levar — Tae apontou Jimin.
Ao ver o amigo bombado levantando e vindo o buscar para a execução, Jimin cruzou os dedos indicando pausa. Ele não desistiria fácil assim de obter uma história como aquela diretamente de seu melhor amigo. Convenceu, com sua cara de pidão, JK a sentar do seu lado e ouvir atentamente.
— Eu e ela começamos a ficar mais atrevidos, até chegar no ponto em que ela ajoelhou na minha frente. A boca de algodão dela ia e vinha sugando nas partes mais sensíveis e, chegando na ponta, ela usou a língua...
— Pelo amor! Isso está detalhado demais, cara! Manéra!
— Se o Kookie não aguenta, pode ir! Eu quero escutar tudinho.
Sentindo-se desafiado, algo irresistível para Jungkook, ele permaneceu sentado. Uma vergonha passageira pousou nas suas bochechas.
— Foi incrível! Ela disse que nunca tinha feito antes, mas pra mim foi coisa de profissional.
— Te invejo! Você é muito sortudo! — Jimin virou-se para JK. — E você? Ela já te chupou?
— Me recuso a responder. — Cruzou os braços e suplicou com o olhar para que Tae ficasse quieto. Por alguma razão — a vontade enorme de Tae de ver JK totalmente sem graça —, um sorriso malicioso surgiu e Jungkook soube que seu segredo seria revelado. — Tae, não!
— Não foi ela que chupou ele, foi ele que a fez fazer garganta profunda nele.
— Pera lá! Não foi bem assim! Não forcei S/n a nada! Você que ficou possessivo demais e não me deixou tocar nela!
— E isso é desculpa pra enforcar a coitada daquele jeito? Ela mal dava conta de respirar!
— UOU!!! Vocês fizeram um ménage à trois com a S/n?! — Os Taekook se olharam e coçaram as cabeças. — Merda! Foi isso, não foi?! Quando aconteceu?!
— Calado! — ameaçou JK.
— No dia do sequestro da S/n.
— Puts! Onde?
— Tae!
— Na loja da Victoria's Secret.
— Ai, meu pai... — JK colocou o capuz e fechou o casaco até parecer uma borboleta no casulo.
— Holy moly!!! You guys!!! (Eita preula! Vocês!)
— Jimin — chamou RM — you got no jams! (você não tem graça!)
— De novo isso, Namjoon? — Jimin elevou as mãos já de saco cheio, e então se voltou todo "alegrinho" para os Taekook. — E ela aguentou numa boa vocês dois?
Jungkook, concluindo que aquele papo já havia se estendido demais, abriu o zíper e mostrou a cara rabugenta. Tae percebeu que, ao invés de jogar água, ele tinha colocado uma tora inteira no fogo e ela só pararia de queimar quando todas as extremidades fossem consumidas pelas chamas e virassem pó, o que levaria um tempo considerável.
— Olha, eu já falei demais. Se contente com isso, amiguinho — Tae bateu de leve nos ombros de Jimin e acabou sua participação ali.
— Cara, só não se toca pensando na gente, beleza?! Porque aí eu nunca mais falo contigo — enojado, JK acentuou suas aspas ao redor da boca e fugiu de mais perguntas invasivas.
— AVE MARIA!!! Pulou corguinho? Valorizo muito a minha pessoa para estragar minha mente imaginando vocês.
Ambos os seus ouvintes já não estavam ali para prestar atenção nas suas intenções. E quais seriam? Um Namjoon inverso. Descobrir o máximo possível sobre os fetiches de S/n, afim de a satisfazer. Seriam tantas vezes seguidas de puro deleite que ela só precisaria dele em sua vida. Isso mesmo, Jimin se tornou audacioso o suficiente para querer monopolizar a pequena.
E por falar nela, S/n se mudou para o lugar na frente dele e, preguiçosamente, sorriu.
— Sobre o que estavam conversando? — emendou inocentemente.
— Sobre o Brasil — respondeu Tae a olhando enfeitiçado.
— Sobre você — contradisse Jimin.
— Sobre mim, ou sobre o Brasil? — ela riu e eles se entreolham.
— Os dois. Estávamos falando sobre nossa brasileira — bolou rapidamente Tae e Jimin lamentou por nunca ter continuado aquela conversa.
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❝𝐂𝐨𝐥𝐨𝐫𝐬 ❼ ❞
Fanfiction[LONGFIC] Quantas vezes é possível se apaixonar? E quantas paixões fazem uma vida? Para a brasileira S/n, a resposta seria o número cabalístico 7. Ela conheceu os coreanos mais avassaladores do universo por conta de um erro. Não demorou para que el...