Capítulo 2

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Dylan Blackwood sempre foi alguém que tinha muitas pessoas a sua volta, sempre amou fazer todos se divertem. Ele nunca foi inconsequente e sempre muito estudioso, porém não havia um ano escolar em que Dylan não tomasse pelo menos duas suspensões, mas sempre foi um aluno nota alta. Sua vida amorosa se consistia em ficadas ocasionais, nunca se relacionou com uma mulher por mais de uma semana, ele nunca quis.

Ele sempre acreditou ter sérios problemas com garotas, tudo começou quando se apaixonou pela primeira e única vez.

Dylan era um garotinho criado pela tevê e sabia que era alguma espécie de príncipe ou herói e que sua princesa ou parceira estaria por aí esperando o encontro dos dois.

Os pais dele sempre estavam muito ocupados, e naquele dia o motivo era um prêmio que seus tios de consideração haviam ganhado, algo sobre o novo hotel, então ele e o irmão seriam obrigados a ir em mais um evento naquela semana.

Daniel nunca se importou em ir, Dylan amava ir pela comida, só achava que ter que se vestir como um boboca era tortura. Naquele dia, no entanto, ele agradeceu por aquela roupa que o fez parecer mais lindo do que já era, a família toda tinha o mesmo tom de pele, um típico café com leite, e também tinham os mesmos olhos castanhos e cabelos chocolate encaracolados, mas o ponto é que mesmo todos sendo parecidos Dylan sabia que era o mais bonito, que ele tinha o melhor dos pais e que sua gordurinha e suas sardas o faziam o galã que ele nasceu para ser.

Então quando viu a bela Aurora Whitehorse diante de todos, soube que fariam um belo casal e quando ela olhou para ele, ele soube no seu coração que ela era a menina mais linda da face de toda terra e que namoraria ela.

— Olha Dan, olha como a Aurora é linda. — Os olhos dele encheram de brilho falando dela ao irmão.

O irmão, que era sete anos mais velho que o pequeno apaixonado, não pensou duas vezes antes de o aconselhar.

— Irmãozinho, se você gosta dela, tem que fazer ela te notar. — Dylan como imaginava que o irmão era o mestre da experiência, ouviu com atenção. — Tem que fazer com que ela olhe para você.

— Tipo dar uma flor para ela? O pai deu algumas à mãe e ela gostou. — O irmão acenou fortemente em negativa, tirando assim o sorriso do pequeno.

— Não, o pai é casado, a mãe já notou ele. Você precisa chamar atenção dela, precisa provocar ela.

— Provocar?

— Sim, tipo puxar o cabelo, empurrar. — Os olhos de Dylan se arregalaram, ele não bateria numa menina, se lembrava muito bem do pai dizendo que isso nunca se fazia.

— Não para machucar Dylan, de brincadeirinha. — O irmão esclareceu quando percebeu que tinha sido mal interpretado.

— Se eu fizer isso ela vai namorar comigo? — Ele perguntou não crendo muito na estratégia.

— Talvez. — Bem, como não tinha muito o que fazer, decidiu escutar o irmão.

Daniel disse que ela passaria do lado dele e que ele poderia estender o pé para que ela tropeçasse, após convencer o mais novo de que sua amada não cairia o mais velho se sentiu feliz por ajudar.

Depois de todo o caos acontecer, Dylan sentiu seu coração bater mais forte por Aurora estar tão perto dele, então ele juntou todo seu charme e sorriu para ela e ela o olhou, ela notou ele.

Enquanto ele sorria, ela chorava, ele viu que ela não tinha se machucado, então deduziu que ela chorou de emoção ao ter encontrado seu futuro namorado. Mais tarde ele descobriu que não foi bem assim.

Mas foi bem, bem mais tarde.

Dylan não recebeu elogios ou declarações amorosas de sua paixão, em vez disso ela sempre o evitava e fazia questão de retrucá-lo em tudo que ele fazia. Como o menino só fazia isso para chamar a atenção dela, ele acreditava com toda sua alma que ela também implicava com ele pelo mesmo motivo.

O ódio tem seu tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora