Capítulo 20

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Tédio era o que definia Mad durante o fim de semana, a garota não havia feito nada além de ver tevê e brincar; mesmo ela amando as duas coisas, a menina queria alguma diversão diferente.

A sexta-feira tinha sido muito divertida, ela tinha brincado com a irmã mais velha da melhor amiga e dessa vez ela era a mais velha; Mad amava ter voltado pro passado.

Claro os pais desse horário eram meio sem noção em comparação aos do horário certo, porém eles ainda eram os melhores.

Tirando que eles sempre estavam esquecendo algo, como a hora do almoço, a hora de jantar, às vezes eles até esqueciam dela e dos irmãos, mesmo assim eles ainda tinham o mesmo cheirinho e cuidavam muito bem deles.

Só tinha uma coisa que Madeline odiava ali; os pais não se amavam.

"Eles são muito bobos, isso sim." Papai e mamãe aparentemente brigavam por tudo e nunca concordavam, ela odiava ver eles assim.

Com tanta experiência em romances impossíveis, devido a todas as temporadas de Ladybug e Cat Noir que assistiu, Mad resolveu ajudar os pais nessa questão. A menina era a filha mais velha, então conhecia os dois a muito mais tempo que qualquer outra pessoa e se intitulou a melhor para ajudar.

As coisas eram diferentes no tempo em que estava e como a ela havia sido extremamente proibida de dizer algo sobre o futuro, a garota sabia que tinha que ser cuidadosa na sua missão de cupido.

Solicitando a ajuda dos padrinhos dela, que não sabiam serem padrinhos dela, tia Mi e tio Arthur não ajudaram em nada, no começo eles disseram que os pais não eram muito fãs um do outro e para ela deixar pra lá, contudo, a garota sabia que os pais se amavam mais que tudo no mundo.

Como as ideias dos tios eram mais loucas do que as dela, Mad resolveu confiar em suas habilidades.

Depois de um sábado chato, silencioso e uma manhã de domingo idêntica, ela resolveu que assim que o pai chegasse em casa ela colocaria um bom plano em prática.

Pra isso precisaria de ajuda.

— Max, vem cá. — O irmão largou os carrinhos que brincava e foi até o sofá.

— Oi...

— Sabe como papai e mamãe não se gostam? Acho que sei como consertar, me ajuda? — O garoto balançou a cabeça animadamente. — Você só precisa pedir pro papai fazer os bolinhos da mamãe.

O menino emburrou.

— A não! Ele vai brigar comigo! É só dia de aniversário, lembra?

Mad sabia, porém, aquela regra só tinha sido feita no futuro; então o pai nem saberia da tradição e se desse errado, Max era pequeno e o pai não brigaria com ele; e se brigasse, aí seria problema do garoto. Como ela entrou com a ideia, era trabalho do irmão entrar como isca.

— Papai não vai brigar, ele vai fazer e vai conquistar a mamãe e no fim vamos todos comer os bolinhos de chocolate, você não quer Max? — O bico do irmão mostrava que ele estava crescendo demais para ser tapeado facilmente.

— Tá mentindo, dá última vez eu fiquei de castigo e você riu. — "Ri mesmo, porque foi muito engraçado."

— Só não vai fazer porque é ruim em missões secretas... — O irmão ficou bravo mostrando que ela tinha conseguido o que queria.

— Não sou! Você que é uma bruxa feia! Bem feia!

— Não sou, você que é e além de feio é fedido, porque eu nasci da barriga da mamãe, já você nasceu da bunda do papai.

O ódio tem seu tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora