Paralisado, chocado e muito confuso. Dylan permanecia sentado na mesma posição a cinco minutos, tentando entender a merda que havia feito, pois ele sabia que tinha feito alguma coisa muito errada.
Ontem mesmo ele estava verificando se eles tinham todas as flores para a cerimônia de casamento, ele já tinha até comprado o jenipapo para fazer a tinta e agora ele estava ali, sentado, sozinho depois daquela noite maravilhosa.
— Alô, amigo? — Dylan se rendeu e telefonou para Ferraz, o loiro talvez pudesse o ajudar.
— Oi... Quem morreu? — A voz de sono era perceptível.
O moreno deitou no sofá levando a filhote em seu peito, a fofura dela o ajudava a se distrair de seus problemas.
— Credo! Ninguém morreu...
— Para estar me ligando depois da meia-noite... — Dylan o interrompeu sem conseguir se conter tamanha a agitação em sua mente.
— Cala boca e me escuta... Acho que fiz alguma merda, uma das grandes. — Depois do amigo ficar em silêncio, o homem começou narrar a noite que para ele havia sido perfeita. — ... Então, daí eu estava beijando ela e pensei em não a assustar, ir de vagar e tudo mais, e então fui cuidadoso e quando ela me encarou meio em dúvida do próximo passo eu a tranquilizei, de um jeito até sedutor, sabe? Eu disse que ela podia me usar se me deixasse usar ela e aí...
— ELE DISSE O QUÊ!? — Dylan pode ouvir Michele gritando do outro lado da linha.
— Você disse o que seu IMBECIL? — Arthur soava como se estivesse desacreditado.
— Eu não quis colocar pressão, eu...
— DISSE QUE QUERIA USAR MINHA AMIGA COMO UMA PROSTITUTA!?... Ele chamou minha amiga de prostituta! — Dylan podia ouvir Mi chacoalhando Ferraz enquanto falava.
— Sério Dylan... Qual é seu maldito problema? — Naquela altura, dada as reações, ele começava a ficar preocupado. — Isso que dá pensar com a cabeça errada, eu não te falei pra ficar na sua?
— Estou ligando pra ela, coitada...
— Mi está ligando pra ela... — O coração de Dylan estava acelerado e a sensação de ter se condenado o deixava em pânico.
— Ela está chorando!
— Michele disse que ela está chorando. Parabéns! Estragou tudo que nem tinha começado. — Uma lagrima desceu pelo rosto dele.
— Amigo, eu... eu não tive intenção... eu. — E agora ele estava chorando.
— Lesado, pensa comigo. Quantos namorados Aure teve? Uns 3 na vida toda? Alguma vez ela teve algum ficante que seja? Não! Então se ela estava te beijando e tudo mais, o que acha que ela esperava?
"Ela realmente me queria e esperava ouvir o mesmo! Ai que merda!" Dylan começou a se estapear de raiva.
— Agora vá dormir que eu vou ouvir a ligação de Mi, que obviamente está muito mais interessante, tchau. — O amigo desligou na cara dele.
Dylan sabia que mesmo se começasse a orar naquele instante, quando a manhã chegasse ainda não teria dado o tempo suficiente para exigir o milagre que precisava para consertar tudo aquilo.
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Ele acordou cedo, ou melhor, nem dormiu.
Depois de ter preparado um banquete para o café da manhã, ter arrumado os três filhos, e limpado a bagunça da Pudim, Dylan tomou um bom banho e se vestiu todo de amarelo, até a calça social era amarela.
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O ódio tem seu tempo
RomanceOs Whitehorse e os Blackwood são magnatas no ramo da arquitetura e engenharia, devido a grande amizade entre as famílias ambas se uniram criando a empresa Time Home, que se tornou a maior e melhor do segmento através dos anos. Porém a era da amizade...