O fruto do nosso amor - Xiyao

Eu sou o patriarca

Os outros cultivadores no local bloquearam as saídas durante o momento de hesitação do grupo ao ver Jin Guangyao saindo do caixão. Eles estavam cercados de inimigos pela frente e por trás, Sizhui foi para a retaguarda para enfrentar o cadáver feroz que naquele momento apresentava uma ameaça maior.

-Não vai ser tão fácil fugir.

Jingyi avisou quando viu aquilo. Sizhui invocou seu guqing, usando a música para atrasar o cadáver feroz de Yao.

-Mingji, você cuida da minha irmã.

Guangli mandou se levantando e trazendo Yu junto, Mingji abraçou a cintura dela e escondeu o rosto da menina contra o ombro dele.

-O que você vai fazer?

Jingyi perguntou confuso, nesse momento o outro cadáver se levantou do caixão, atraindo a atenção de todos na sala, Yao usou essa oportunidade para atacar Sizhui, mas o Lan mais velho era experiente lutando contra cadáveres ferozes e conseguiu segurá-lo.

Guangli fechou o punho e raios saíram da mão dela, um chicote roxo se materializou e a menina bateu com ele no chão, os homens na frente da porta tentaram escapar, mas com um movimento rápido ela lançou Zidian na direção deles e os jogou contra a parede. Jingyi e Mingji usaram esse momento para explodir a porta e sair do armazém com talimãs.

-Zidian? Isso foi incrível.

Jingyi elogiou a prima, sempre achou que ela era delicada demais para lutar daquela forma, mas sendo neta da aranha violeta, não era uma surpresa.

-Vamos Yu, consegue andar?

Mingji pergunta e Yu acena com a cabeça, mesmo assim ele não a soltou enquanto corriam para fora. Vendo que todos haviam saído, Sizhui tenta colocar alguma distância entre ele e os cadáveres ferozes, Mingjue já havia saído do caixão e vinha na direção dele, assim que conseguiu se afastar uma figura negra pousou na sua frente, abrindo mais um buraco no telhado.

-Tio Ning.

-Vá agora Yuan, seu pai tá puto.

Ele já imaginava isso, não tinha certeza se o tio estava mandando ele fugir dos cadáveres ou do pai, mas decidiu primeiro se unir aos demais do lado de fora.

-Sizhui.

Jingyi gritou assim que viu o irmão correndo atrás deles, mas logo em seguida ouve uma explosão dentro do armazém e Wen Ning foi arremessado para fora, os outros dois cadáveres também saíram

-Tio Ning.

Sizhui hesitou parando de correr e os demais fizeram o mesmo, Wen Ning olhou para trás enquanto se levantava.

-Saiam daqui, agora.

Sizhui estava dividido entre obedecer e voltar para ajudar a única pessoa que restava da sua família.

-Ele não vai conseguir lutar contra os dois.

Jingyi comenta com Hen ainda no colo. Yan invoca uma flauta e a coloca nos lábios começando a tocar, a melodia faz os presentes se arrepiarem.

-O que você está fazendo?

Sizhui olhou dela para os cadáveres, seja lá o que ela estava fazendo parecia estar dando certo, pois a velocidade deles havia diminuído e eles pareciam confusos. Wen Ning usou a oportunidade para jogar Mingjue e Yao de volta para dentro do armazém, os homens que antes tentaram lutar contra eles agora corriam assustados para fora.

O som da flauta do homem de antes parecia estar ficando mais alto, ele também escapou de dentro do armazém subindo no telhado. Yan não conseguiu mais tocar e derrubou a flauta no chão com um grito, como se tivesse tomado um choque.

-Você está bem?

Guangli perguntou preocupada segurando as mãos da prima.

-Estou, não foi nada.

Os cadáveres se tornaram mais agressivos, Wen Ning estava em desvantagem porque além de lutar contra dois, ainda precisava ter certeza de que não se aproximassem das crianças. Sizhui queria correr até ele, mas Mingji o segurou, nesse momento uma outra figura de preto chegou correndo e se juntou a luta.

Sizhui lembrava de tê-lo visto brevemente a alguns anos, mas não imaginava encontra-lo neste lugar. O homem carregava duas espadas nas costas, mas naquele momento ele não as sacou, lutando manualmente como o Wen.

-Mestre Song.

Jingyi sussurrou surpreso. O céu escureceu e todos olharam para cima tentando descobrir o motivo, vendo que era porque vários cultivadores haviam chegado ao local montados em suas espadas.

-Parece que eu tenho uma liçãozinha para ensinar ao novato, você pode ser bom em cultivação demoníaca, mas eu sou o patriarca.