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P.O.V Millie

- Cadê a sua barriga? - pergunto brincando com a Anna e erguendo a sua blusa fazendo cosquinha - Eu posso morder? Eu vou te morder!

Dou pequenas mordidinhas em sua barriga, escutando sua risada gostosa por conta da cosquinha que fazia ali. Essa criança era tão fantástica, tão apaixonante, que eu tinha vontade de apertar ela e morder sem dó.

- E sua bochecha, eu posso morder aqui? - pergunto e ela mesma já me dava o rostinho para morder, Anna já tinha se acostumado com a minha forma de demostrar carinho para ela, e digo mais, essa menina gostava.

Solto Anna só para ver a carinha de dor que ela fazia toda vez, ela não gritava e nem chorava, simplesmente colocava a mãozinha no local com esses olhinhos fofos.

- Sua feia - digo apertando suas bochechas, fazendo ela sorrir mais.

- Feia é você - diz ela com ritmo - eu sou muito engraçadinha.

- Você é minha Anna engraçadinha - digo apertando mais ela.

Anna e eu já éramos mais que amigas, eu amava loucamente aquela menina, sempre que podia eu passava um tempinho só com ela.

Depois do que aconteceu na praia e conversar com a Anna, que tinha visto e escutado coisas que não devia, Sadie acabou dormindo, eu só não sei se ela estava realmente cansada ou usando o sono como fuga para não falar mais sobre o assunto.

Sadie sabia que eu iria querer conversar sobre, eu gostava de a ouvir e queria entender o que aconteceu antes de chegar lá. Eu já sabia que aquela Sophia não era de confiança, sabia que iria tentar falar com a Sink, não esperava ser da forma que foi, eu que queria ter acabado com a cara daquela vadia.

Me da uma raiva saber que a Sadie já namorou com outro alguém, já disse que amava e entregou o seu coração pra outra pessoa que não fui eu, principalmente para uma vadia como aquela.

- Vamos lá com a mamãe, vamos - pede Anna.

- Sua mãe está dormindo, deixa ela.

- Mas não está na hora de dormir - o lado ruim de uma criança inteligente é que ela não se contenta com qualquer resposta.

- Mas ela está cansada, você não quer dormir também? - pergunto passando a mão em seu rosto para ela dormir - vamos dormir, vai.

- Não - diz negando com a cabeça freneticamente - eu vou lá com a mamãe.

A Anna podia ser o amor da minha vida, mas quando ela queria alguma coisa ela conseguia, não dava sossego para ninguém, e ela acabou acordando a mãe dela.

- Vem brinca com a gente - diz Anna puxando Sadie - vamos lá na piscina.

- Vamos, vamos - diz Sadie - mas vamos ir comer algo antes, que eu estou com fome.

Trocamos de roupa para poder ir nas piscinas e comer, Sadie parecia bem como dizia, só que a criatura era atriz então tinha que saber a ler muito bem para saber se era atuação ou não, e eu já a decorei por completo para conseguir fazer tal feito.

Sadie só mostrava o que ela queria que as pessoas visem, era ardilosa, tinha essa pose na frente dos outros de superior, "nada me abala", "eu mando em tudo". Mas, por trás disso ela era carinhosa, delicada, extremamente manhosa e apaixonante, o problema era saber interpretar o que ela estava sentindo de verdade, e quando decidia que não queria falar sobre ela não falava sobre.

Estávamos a caminho do restaurante atrás de um lanche da tarde, Anna já saiu correndo na bancada onde ficavam expostos os doces, enquanto nós duas obcervavamos o que ela estava fazendo.

Unicórnios e Amor - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora