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P.O.V Sadie

Acordo com a Millie com um bom humor diferente, o que era uma grande surpresa, já que ela só acordava animada e disposta quanto tinha algo do seu interesse em jogo, ou seja, me ver nua em plena manhã, mas hoje foi diferente. Não que eu esteja reclamando, eu amava seu estado de espirito contente.

Na mesa do café estava uma enorme confusão, Millie brincava ou implicava com a Anna, não tinha muita certeza qual dos dois era qual, tudo em meio de cachorro, pintinho que já estava mais pra galinha, desde que a Millie entrou em nossas vidas era só muita confusão e baderna.

- Fica aqui, Pitoco - Anna fala puxando o cachorro que estava em cima da mesa pelo pescoço. O coitado do animal, que ficou com esse nome esquisito mesmo, chegava a se encolher todinho quando via a Anna - Come a sua comida!

Milha Filha colocou os potinhos de comida dos bichinhos dela em cima da mesa, já expliquei que animais não comem na mesa junto com a gente, mas dessa vez ela não quis escutar, e a Millie invés de me ajudar deixa a menina fazer o que ela quer, depois tem a ousadia de dizer que eu mimo demais a Anna.

- É melhor você obedecer, Pitoco - comenta Millie - Essa sua dona já tá pior que a Felícia já.

Millie aperta duas bochechas, se inclinando e dando uma mordida nela, que movimento curioso essa. Ver essas duas juntas era muito bom, nunca pensei que minhas manhãs seriam todas assim, com outro alguém entre nós.

A Brown percebe que eu estava as assistindo atentamente e vem até mim, me puxando pela cintura e me beijando.

- O que você está pensando com essa cara de desconfiada? - pergunta ela.

- Tentando entender em que momento minha casa virou um zoológico.

- Falou a própria dona de um.

- Eu não tenho um zoológico - me defendo - só alguns bichinhos que vivem lá.

- Da no mesmo, gatinha - diz brincando com o meu cabelo.

A olho com um olhar indiferente, mas com um sorriso grande no rosto, transparecendo tudo que eu sentia de verdade.

- Mamãe, hoje a gente pode ir brincar no parque? - pergunta Anna chamando nossa atenção.

- Podemos, claro - respondo - vai ter que levar essa cachorro pra passear mesmo.

- Eu não vou com vocês hoje - fala Millie - meu irmão chegou na cidade, faz um tempo que não nos vemos e eu queria ficar com ele.

- Então esse é o motivo da felicidade pela manhã? - pergunto passando o braço envolta de seu pescoço.

Esse assunto muito me interessava, Millie pouco dizia sobre sua família, sempre que tocava nesse assunto o primeiro que aparecia era o irmão, os dois não podiam ser tão próximos, mas tinha muito carinho ai.

- O Finn não merece tanto, mas eu confesso que estou com saudades.

Essa nome chegava a dar arrepios, me trazia péssimas recordações, fazia parte dos detalhes que eu me apeguei e embrulhava o estomago, e Millie percebeu meu desconforto.

- O que foi? - pergunto começando com aquela inspeção com o olhar que ela sempre fazia - está sentindo alguma coisa?

- Não, não foi nada - nego com a cabeça, jogando para fora os pensamentos ruins e voltando a sorrir - tem que me apresentar seu irmão, o resto da sua família também, mas enfim, por quanto tempo ele vai ficar? Vamos marcar alguma coisa.

- Eu também quero conhecer ele - fala Anna. Essa dai fica atenta até demais para uma criança de três anos, tinha que sempre tomar muito cuidado com o que falava perto dela - por que eu ainda não conheço os minha nova dodó e novo dodô?

Unicórnios e Amor - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora