Unicórnios e Amor - Sillie

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P.O.V Millie

Vejo Sadie dormindo tranquilamente em minha cama, usando uma das minhas camisetas gigantes que uso para dormir, mesmo dormindo ela continuava linda, mas que inferno.

Ainda não acredito que desperdicei a chance de transar com ela para ser alguém respeitosa e não a mulher que transa com a chefe bêbada.

Mas foi melhor assim, não ia acabar sendo tão divertido assim, quando chegamos em casa e eu decidi que não podia dormir com ela naquele estado, Sadie acabou vomitando.

Então depois de um banho, sendo alguém completamente respeitosa, eu deixei ela dormir na minha cama e eu fui para o sofá, eu dormir na porra do sofá, tem noção disso?

Eu, Millie Bobby Brown, deixei uma princesinha dormir na minha cama linda e confortável, enquanto eu fui para um sofá velho e duro. Abri mão até de uma conchinha, tudo para deixar ela confortável a hora de acordar.

Mas sabe o que me faz ser uma trouxa completa?

Ficar aqui vendo ela dormir, e ainda dizer que ela é bonita com a cara enfiada no travesseiro, esse era o auge das pessoas cadelas que passa o tempo todo falando e admirando as pessoas com quem fazem sexo, e olhem que eu ainda nem cheguei nessa parte, o que me torna mais patética.

Paro de agir feito uma psicopata, deixando ela dormir e vou preparar o café da manhã, compro alguns muffin de framboesas e pão na padaria que tinha ali perto, voltando para meu apartamento e preparando panquecas de chocolate, suco de laranja, café, ovos e bacon, já que não sabia o que ela gostava de comer de manhã e nem quando estava de ressaca, então tinha ali de cereais a uma lasanha que só precisava por no micro-ondas.

Pode não parecer, mas eu era muito boa na cozinha, até gostava de cozinhar, me ajudava a pensar e a não tomar alguma decisão imbecil, na maioria das vezes não dava certo, mas gostava mesmo assim.

- Bom dia - escuto sua voz sonolenta, sua cara estava de sono, toda amassada e o cabelo bagunçado, e mesmo assim conseguia ser bonita, era o fundo do poço mesmo.

- Aspirina? - pergunto estendendo pra ela um copo d'agua e um comprimido.

- Obrigada - diz se sentando na mesa - você cozinha? Uau, está ai uma habilidade que sempre quis, mas sou um fracasso total.

- Finalmente algo que eu sei e você não.

A encaro por um tempo, silencio constrangedor, não sei até que ponto ela se lembra, mas parecia arrependida talvez?

- Então... - ela começa sem jeito, mordendo o lábio e soltando lentamente varias vezes - desculpa por qualquer coisa que eu falei ou fiz ontem, geralmente quando eu bebo eu sempre fico meio fora da casinha.

- Eu percebi, mas até que eu gostei da sua versão bêbada, bem plena.

- Eu me lembro de tudo que aconteceu noite passada - fala completamente vermelha - e... frase estranha essa, mas obrigada por não transar comigo.

- De nada? - falo confusa - panqueca de chocolate?

Estendo para ela um prato cheio de panquecas, me sentando ao seu lado na mesa a observando, ela estava com uma cara muito envergonhada mesmo.

- Não tire a impressão errada - continua falando - eu só... não vou mais transar bêbada, e se isso tivesse acontecido ficaria uma situação estranha, bem parecida com essa - fala comendo as panquecas - Nossa, isso está bom mesmo!

- Obrigada.

- Eu amo chocolate, eu não deixo entrar muito na minha casa, mas eu amo isso aqui.