Fifty - Two

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— Izana precisamos da um jeito de você fugir. - Kakucho fala quando veio me visitar sem a [nome]. - Você sabe quem te colocou aqui.

— Foi o Terano. - murmuro e suspiro. - Fica de olho na [nome] ela não vai ficar sem fazer nada.

— Cara, se ela fizesse algo eu agradeceria.. se te tirasse daqui. - respiro fundo quando ele termina de falar.

— Ela não tem que fazer nada Kakucho, não é culpa dela isso. - respondo encostando minhas costas na cadeira. - Só quero que ela fique tranquila e me deixe resolver as coisas.

— Você tentou resolver as coisas e está aqui na cadeira. - ele balança a cabeça e suspira pesado - Por sorte não está morto.

— Ele não vai me matar. - falo confiante - Primeiro ele vai se divertir com tudo isso.

— Tomara que esteja certo Izana. - Kakucho fala suspirando. - Ele não está para brincadeira.

— Só fica de olho nela ok ? - peço e Kakucho concorda.

Quando acaba o horário de visita, volto para minha cela que divido com mais um cara. Porém ele nem olha para o lado, as camas são em beliches e eu fico na de cima. Me deito, repousando a cabeça no travesseiro e colocando a mão como apoio. Fico encucado para saber o que ele quer com tudo isso, não seria mais fácil me matar ? Mas ele não quer isso, ele quer se divertir, ele quer mostrar que é melhor que eu. Porque eu estou sentindo que vai acontecer uma merda maior do que já está.

Eu espero tanto que a [nome] não faça nada, ela ainda não veio me visitar e eu deveria me preocupar com isso, suspiro pesado e coloco a mão na cabeça, são tantas coisas pra me preocupar, ela está lá sozinha, porra o Baji. Me levanto e vou correndo pra grade.

— Ei eu tenho direito a um telefonema. - grito. - Eu quero um telefonema.

Alguns minutos depois, um policial com cara de bunda abre a cela e me segura pelo braço e me arrasta até aonde tem uns telefones que parece orelhão. Como não sei o número do Baji. Ligo pra aquele celular que fica ligado entre eu e Mikey.

— Izana ? - a voz do Mikey assim que eu ligo. - Vamos te tirar daí.

— Eu sei, o Keisuke está do seu lado ? Preciso falar com ele.

— O que ? - Baji murmura em seguida.

— Preciso de um favor seu, tem como vir me visitar ? - suspiro - Sobre a [nome] .

— Dez minutos estou aí. - ele fala e desliga.

Suspiro mais aliviado e em seguida já sou levando novamente para minha cela, mordo meus lábios com tanta força, de ansiedade que logo eu sinto o gosto do sangue, não demora pro Keisuke chegar e por sorte liberarem a visita.

— O que precisa ? - ele fala assim que me sento.

— Eu acho que a [nome] vai tentar fazer algo ! - falo e Keisuke suspira. - Keisuke, eu abri uma conta pra ela, vou conversar com o koko e mandar ele te entregar os dados.

— Mas que papo mórbido, vamos te tirar daí cara e você vai pode ficar com ela. - o olho surpreso.

— Eu amo ela.. - falo e Keisuke relaxa o rosto.

— Vocês se amam, e por isso eu fico feliz em ver que ela é feliz, antes de qualquer relacionamento que eu tive com ela, somos amigos e eu nunca vou deixar ela só. - não consigo deixar de sorrir. - Então por ela você tem que pensar em uma saída.

— Temos que pensar que tudo pode complicar ainda mais, por isso te chamei, cuida dela pra mim e não deixa ela fazer merda. - falo suspirando - Se acontecer alguma coisa comigo o Koko vai te dar esses dados aonde eu passo tudo o que eu tenho pra ela.

— Ela sabe disso ? - nego com a cabeça. - Izana ..

— Ela só vai saber se eu morrer. - falo firme e ele concorda com a cabeça.

Terminamos de falar e eu voltei para minha cela e não ela não veio até agora me visitar, o que será que ela está fazendo, ela viria se estivesse tudo bem. Espero que esteja tudo bem, solto um longo suspiro e fecho meus olhos, não podia fazer nada então vou só fechar meus olhos.

— Acorda porra. - acordo sentindo o impacto do meu corpo caindo no chão. - Hoje você vai levar uma surra que jamais vai esquecer.

Quando um cara bem gordo fala isso e eu penso em me levantar pra me defender outro dois caras me segurão me imobilizando totalmente, um soco na barriga foi o único momento que consegui ver antes de começar a pancadaria.

[...]

Acordo ouvindo aquele pi de máquina de hospital, e quando abro os olhos tenham certeza, eu só estou encurtando de um olho e meu corpo está dormente, duas agulhas ligadas a minha veia. Estou me lembrando do que aconteceu. Eram bastante caras, e me seguraram então não teve como me defender. Quando a minha porta abre, vendo a [nome] passando por ela, com olhos inchados, ela estava chorando.

— Oi. - ela fala baixo e se aproximando. - O que aconteceu ? - solto um suspiro.

— Quando eu estava dormindo, ajuntaram vários caras e começaram a me bater, não tive como me defender. - explico.

— Me desculpe. - ela murmura abaixando a cabeça e eu franzo a testa.

— Não foi culpa sua. - falo baixo e tento segurar a mão dela mais a minha está algemado, e então ela me beija e sinto minha bochecha molhar pela lágrimas - Eu vou ficar bem.. não precisa chorar. - falo quando grudo nossas testas.

— Sim você vai ficar bem. - ela fala me olhando - Izana eu quero terminar com você. - ela fala e eu a encaro.

— Não, não vamos terminar. - respondo aumentando a voz.

— Vamos sim ! Eu não quero mais ficar com você. - sinto minhas lágrimas querer cair e ela fecha os olhos - Acabou, deixei suas chaves na sua cama e peguei minhas coisas, acabou. - e ela sai do quarto.

Ela termino comigo.. ela termino comigo.. ela termino comigo e eu não posso nem ir atrás dela porque estou algemado nessa cama, que ódio, Terano conseguiu tirar ela de mim. Um policial entrou no quarto nesse exato minuto o que me fez estranhar e então ele soltou as algemas e me entrou um celular.

— Você está livre. - policial fala - Terano pediu pra ligar pra ele. - não sei nem porque fico surpreso.

— Terano. - falo assim que ele me atende.

— Hum então já foi solto. - ele fala alegre.

— O que você fez com a [nome] ? - pergunto e o escuto da risada.

— Não fiz nada pra ela, veio a mim por livre e espontânea vontade. - ele fala me fazendo apertar o celular com raiva - Mas eu vou fazer, se você não volta pro seu posto e me obedecer, aí sim, eu mato ela.

— Você é um filho da puta. - falo fechando meus olhos. - Não encosta nela.

— Bom isso só depende de você Izana. - ele fala e desliga.

Just One Night | Izana KurokawaOnde histórias criam vida. Descubra agora