Capítulo 44: Elevador.

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Boa leitura, xoxo

A R I A

Voltar pra casa era quase estranho, porque morávamos no mesmo prédio, então não sabíamos quando exatamente dizer tchau e estávamos brincando sobre isso no elevador, enquanto ele subia até o nosso andar.

- Nós podemos dizer "tchau" quando estivermos exatamente no meio do corredor. - Zayn propõe e eu nego.

- Cada um na sua porta. - Era o mais lógico.

- Mas ai quando a gente já tiver aberto ela ou do lado de fora? - Nós tínhamos o dom de complicar qualquer coisa, mesmo que não fosse séria e totalmente em tom de brincadeira.

- Ou nós podemos... - Paro de falar, quando o elevador dá um baque, parando e desligando as luzes ao mesmo. - Mas você jura? - Pergunto, olhando pra cima, falando tanto com o elevador, quanto com Deus.

- Isso, Aria, é um sinal do universo. - Sei onde Zayn está, por causa da visão que tinha a um segundo atrás e da sua voz, então aproveito pra segurar a sua mão e não ficar perdida num completo escuro.

Felizmente, as luzes de emergência se acedem, mesmo que elas e nada fossem quase a mesma coisa, já que continuava um ambiente bem escuro.

- Sinal de quê? - Resmungo, já pensando num lugar para sentar até alguém vir concertar isso.

Era um elevador velho e não era a primeira vez que ele quebrava. Eu já estava quase batendo recorde de cliente fixo por ele sempre quebrar comigo dentro.

- Da gente se pegar. - Não consigo segurar e dou risada, não porque eu achava a ideia divertida, mas porque eu realmente não estava esperando.

- O elevador para, ele é velho pra caceta, não sabemos quando vamos sair daqui e... Esse é o seu pensando? - Rio de novo, negando com a cabeça.

- É o mais lógico. - Com certeza, era sim.

- Temos que trabalhar isso em você... - Aproveito que estou perto dele e fico na sua frente, puxando ambas as partes abertas da sua jaqueta jeans para ele ficar mais próximo de mim.

- Não que eu me importe com o que for, já que aceito qualquer coisa, mas trabalhar o quê, em especificamente? - Meu sorriso é divertido, porquê minha mente já tinha decidido que ele tinha uma boa lógica, já que era melhor esperar fazendo algo do que só ficar ansioso sem saber que horas iriam arrumar aquilo para sairmos dali.

Estávamos na situação mais clichê possível e existente.

- Essa sua mania de falar demais e fazer pouco. - Eu estava enchendo o saco dele a primeira vez que disse, mas parecia que realmente toda vez que eu quisesse que ele me beijasse, eu teria que o provocar.

- Eu tenho medo de fazer algo errado ou fora do tempo... - Acho fofo a sua preocupação, enquanto passo os braços pelo seu pescoço e junto os nossos corpos.

- Se você fizer, eu vou te falar. - Comunicação servia pra isso. - Agora vai logo que do jeito que a gente tem sorte o elevador volta a funcionar enquanto a gente está conversando.

Ele pega sua deixa, finalmente se abaixando e unindo nossas bocas.

As vezes era quase difícil acreditar que isso realmente estava acontecendo, principalmente porque Zayn parecia ter o dom de mexer o suficiente com a minha cabeça para eu conseguir parar de pensar por horas a fio.

Toda vez que nós beijávamos era uma experiência diferente, por estarmos em situações, momentos e sentimentos diferentes.

Os nossos primeiros beijos foram regados de álcool, o que não foi ruim, mas foi quase dormente em compensação a esse que meu cérebro estava 100% acordado, pronto para perceber tudo.

Ice Cold - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora