Kiara Bianchi, a italiana conhecida com Dama da Morte. Criada para cumprir e seguir apenas dois objetivos postos em sua vida. Dona de si, um tanto solitária, encontrará em Ethan Petrovsky uma desordem no seu mundo particular.
Em busca de uma vingan...
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Fiz questão de sair mais cedo do que pretendia nesta manhã. Ter Ethan enroscado em meu corpo foi algo estranho de ver e até mesmo de sentir. Me acostumei a dormir e acordar sozinha, e saber que a partir de agora em diante terei um homem ao qual me chamará de esposa, que dividirá uma cama e refeições comigo, não é algo que me acostumarei muito rapidamente.
A noite passada, tudo o que queria era terminar o que tanto começamos dentro do carro, sinceramente não sei o que aconteceu comigo por não pegar o que tanto queria. Entretanto, ocupei a minha cabeça com qualquer coisa somente para não pensar o quão bom poderia ser ao ter aquele par de mãos grandes sobre meu corpo e, ainda, sim, vez e outra aquele maldito russo invadia meus pensamentos.
Cazzo, eu preciso muito transar.
Passei a manhã toda no refúgio conferindo cargas, armamentos e pegando relatórios. Ainda hoje estarei partindo para a Rússia. Ethan, com Ivan, querem que eu vá conhecer direito a sua família, no caso, a minha mais nova família. Serão poucos dias, contudo ainda quero começar a discutir minhas novas ideias para facilitar ainda mais a exportação e expansão dos negócios, com Ivan.
Faço questão de voltar para a casa de papà de moto. Preciso sentir-me livre mesmo não sendo. O vento é forte, meus cabelos voam e a adrenalina me excita. Pilotar não é algo que faço regularmente, mas com toda certeza é algo que me traz conforto. Estar em cima de uma moto em alta velocidade sem temer o que possa acontecer, sem precisar estar em alerta para proteger as costas de Marco, ou de se preocupar com os deveres com a famiglia, escapar de tudo que te atormenta e me frustra, é um consolo para a minha alma fodida. O risco que a adrenalina me traz é reconfortante para os pensamentos de merda que me perseguem.
Nunca me ressenti do que me tornei, me orgulho da mulher que sou. E eu sou a porra de uma mulher forte. Tem muitas das coisas de que não me arrependo e poucas que possam tirar o meu sono, todavia essas poucas lembranças que me atormentam como um sussurro gritante e delirantes todas as malditas noites, fazem com que minha alma atormentada seja torturada incessantemente.
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Do topo das escadas, consigo ver Ethan sentado no sofá com um copo que, como sempre, é álcool, em mãos. Sua expressão fria e distante se suaviza ao notar minha presença. Seu olhar quente e estranho acompanha alguns dos meus passos, devorando-me até ele quebrar o contato visual comigo de um jeito que me deixa desconfiada. Petrovsky jamais desvia seu olhar do meu. Ethan gosta do desafio, dos jogos de olhares que sempre temos. Entendo a sua irritação sobre eu ter o ignorado a noite passada, mas essa sua ação é um tanto incomum até para ele.
Ethan Petrovsky é abusado, petulante, irritante, e não perde a oportunidade de me lançar seu olhar safado me devorando em todas as oportunidades que tem. Alguma coisa aqui não cheira bem.
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Recebo uma mensagem de Enrico avisando que chegará um pouco atrasado para a cerimônia. Enzo com suas gracinhas, tomou uns bons minutos da minha presença e paciência. O concelho está mais do que satisfeito com o meu casamento, com o primogênito Petrovsky. O juramento que Ethan fez com a famiglia foi um ato importante de respeito diante da famiglia, mesmo que eu saiba que Petrovsky é leal a Ivan, seu pai, sua lealdade também pertence a mim, como sua esposa e Capo.
