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Ao chegar ao refúgio, dou de cara com Enrico sentado em meu sofá com uma bebida em mãos que, sem dúvida, ousou pegar do meu bar

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Ao chegar ao refúgio, dou de cara com Enrico sentado em meu sofá com uma bebida em mãos que, sem dúvida, ousou pegar do meu bar.

__ O que faz aqui? __ pergunto indo em direção ao meu escritório.

__ Vim ver a minha garota. __ Responde logo atrás de mim.

__ Não sou sua, Enrico. __ acendo um cigarro __Na verdade... __ libero a fumaça. __agora sou noiva de Ethan Petrovsky. __ digo sem demonstrar o meu desgosto.

__Noiva daquele figlio di puttana? __ Enrico esbraveja de punhos fechados.

__Então, você o conhece?

__ Minha irmã é casada com o irmão desse cretino. __ o desgosto e a irritação em seu tom é enorme.

Não lembrava que Aurora, a irmã mais nova de Enrico, fazia parte da família de Ethan. Na verdade, mal lembro de Aurora depois que ela foi embora. Só me lembro que papà autorizou ela a se unir com alguém que não era de nossa famiglia, porém jamais achei que seria um Petrovsky. Na época, me lembro vagamente que Enrico andava estressado, ele tentava a todo custo ficar na cola da irmã. Me lembro também da confusão que seu, agora cunhado, deu para os nossos homens, até mesmo para Marco. Não sei como meu pai não me pediu para pôr um fim no irmão de Ethan pela porra da baderna que causou para ter Aurora.

Enrico seca seu copo de uma só vez, mesmo que ainda esteja irritado, seus olhos varrem todo o meu corpo com toda a fome que ele sempre demonstra estar por mim. Enrico e eu não passamos de bons amantes e amigos, mas esse casamento vai mudar certas coisas. Maldita seja essa aliança.

__ Vamos subir. Vou tomar um banho primeiro.__ digo já caminhado rumo às escadas com ele em meu encalço. Ao entrar em meu quarto, sigo em direção ao banheiro sozinha.

Sempre deixei claro para Enrico que não passamos de sexo casual. Não alimento nenhum de seus sentimentos e não faço questão nenhuma de se quer dar brecha para suas supostas esperanças. Elas, sem dúvidas, seriam esmagadas pela minha falta de reciprocidade. Saio do banheiro sem me dar o trabalho de colocar roupa. Não irei precisar delas.

Enrico está sentado em minha cama bebendo novamente, só que mais relaxado dessa vez.

__ Tire a camisa. __ ordeno me sentando no meu divã em frente à cama de pernas cruzadas, impedindo sua visão.

__ Já está toda mandona, é? __ seu sorriso ao tirar a peça com certa pressa é grande.

__ A calça.__ Continuo e ele obedece, jogando a peça junto a outra no chão.

Enrico sem dúvida é uma bela de uma tentação. Sua pele bronzeada, seus músculos, olhos verdes, seu V desejoso, é a porra de uma visão e tanto. Enrico é um convite explicito para ir ao céu e inferno de tanto prazer que seu gostoso corpo dá só de se olhar.

__Sente-se, beba mais um copo. __ ele não hesita em acatar meu comando.

Sempre gostei de como Enrico nunca questionou as minhas ordens, seja elas dentro ou fora do sexo. Sempre gostei de estar no comando, de ter o poder em minhas mãos. Os olhos atentos de Enrico estão além de famintos. Ele me observa degustando de sua bebida âmbar, e eu seria uma tola se não o achasse sexy nesse momento.  

Descruzo as minhas pernas vagarosamente, deixando à mostra o que ele tanto ansiava. Desço minha mão, passando pelo vale de meus seios até chegar em minha intimidade, me acariciando lentamente. Meus dedos pegam um ritmo mais intenso a cada segundo, aperto o bico de meu peito com minha mão livre, apreciando os verdes dilatados do homem à minha frente. Um gemido pula de meus lábios conforme meus dedos vão para dentro de mim. Não desvio meu olhar de Enrico, e está mais do que evidente o quanto ele está louco para me foder. Enrico está ciente do que estou fazendo. Seus olhos dilatados, irritados, famintos são uma perdição para mim.  

__Por que está me castigando? __ sua pergunta sai rouca, irritada.

__ Por que acha que é um castigo?__ solto mais um gemido ao deslizar meus dedos para fora e para dentro. Enrico resmunga algo, fechando seus punhos com força. Ele está tão excitado quanto eu.

__Você ainda não me pediu para te foder. __ sua voz sai carregada. __Qual é o maldito motivo, Kiara? Por que o castigo?

Afasto meus dedos, me levanto e, em passos contados, me aproximo de Enrico, subindo em seu colo. Passo lentamente meus dedos melados em seus lábios entreabertos, me deliciando claramente de seus olhos brilhantes de desejo.

__Para você aprender que não sou sua. Não tem motivos para ter ciúmes do meu futuro marido, Enrico. __ Sussurro em seu ouvido, tendo como resposta um rosnado. Enrico fode bem melhor quando está irritado.

  __ Agora, sim, você pode me foder. __ bastaram apenas essas palavras para Enrico me entregar tudo o que eu precisava no momento.  

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Depois do longo banho para tirar todo o suor que Enrico deixou no meu corpo, me jogo na minha cama com a companhia de sempre. O silêncio.

Enrico se foi e sei que por ele passaríamos a noite juntos, o que sempre recuso. Olho para o lado vazio de minha cama, pensando que alguém se deitará aqui, ao meu lado, me fará companhia, dormirá e acordará ao meu lado, fazendo com que meu incômodo aumente. Casamento. A merda de um casamento. Eu nem sei o que é um maldito namoro, quem dirá um casamento. Eu sou a porra de uma assassina. Uma mulher que só tem dois objetivos nessa vida.

1- Servir a famiglia.
2 - E conseguir a minha vingança.

A porra de um casamento era tudo o que eu não precisava, agora terei que conviver com um homem que nem conheço. Espero que Petrovsky não tenha grande expectativa para essa relação, espero ainda mais que ele não ache que sou dessas mulheres das quais um sorriso bonito e uns elogios banais fazem com que eu caia de amores por ele.

Me apaixonar, amar, não é algo que fui criar para sentir ou ter. Cresci com apenas dois objetivos, duas motivações nas quais meu pai sempre apoiou e me ensinou. Nossas vidas mudaram completamente depois da morte de mamãe. Ela era o nosso ponto de alegria e com sua partida se foi tudo o que dava sentido à tal felicidade.

Todos nascem para ter algo de bom na vida, ter algo precioso para dar sentido e razão para viver, só não estão preparados quando não são permanentes. E a minha razão foi tirada, arrancada de mim bem diante dos meus olhos. Com os anos, cada um da minha lista foi apagado. Foram torturados e massacrados, assim como fizeram comigo. Tirei tudo de cada um que consegui pegar nessa maldita vingança prolongada. Contudo, só estarei satisfeita quando pegar o último homem, no qual se esconde muito bem de mim.

Com o passar do tempo, achei que tinha massacrado todos que fizeram aquela noite se tornar o meu grande pesadelo, mas ainda resta um. Um no qual não sei o nome nem onde se esconde. A única pista desse desgraçado são as malditas rosas que sempre aparecem..

Cazzo..

Tenho tanto para fazer, tantos infernos para procurar esse infeliz e papà me inventa a porra de um casamento.

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𝑰𝒏𝒂𝒔𝒑𝒆𝒕𝒕𝒂𝒕𝒐 - Vingança, Obsessão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora