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A primeira vez em que ouvi para abraçar o caos que me rodeia, não pensei duas vezes

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A primeira vez em que ouvi para abraçar o caos que me rodeia, não pensei duas vezes. O caos que me cerca, que sou, é poético para mim. O sangue, os gritos, as lamúrias, os cortes, as perfurações a bala, até mesmo meus dedos agarrando e arrancando as entranhas de minhas vítimas, são como alimentos fartos que saciam a minha imensa fome pela destruição.

A poeira já não dificulta mais a minha visão. Consigo enxergar perfeitamente Niko rasgar de fora afora o pescoço de um. Dimitri se encontra sorrindo a socar outro. Enrico acabara de atirar em dois com tamanha precisão, partindo para o próximo. 

Realmente, o caos é bem-vindo. Uma movimentação repentina chama a minha atenção. Sabendo que Niko me dá cobertura, não existo em ir em direção ao corredor do outro lado. A má iluminação e a sujeira são esperadas pelo fim de mundo em que trouxeram minha mulher. Cômodos abandonados por toda parte. 

Esse lugar malditamente grande e imundo virará cinza em breve.

Meus pés congelam abruptamente, meus olhos se negam a acreditar no que veem. Marco, meu sogro, encontra-se com o rosto banhado em sangue, suas mãos e pés contidos, sendo basicamente arrastado, mas não é isso que me prende no lugar, mas sim, a pessoa que me nego a acreditar estar vivo. 

O desgraçado não teve uma única mudança, se quer. Seus olhos direcionados a Marco beiram os olhares que eu dava a ele a cada maldita vez que ele machucava Niko. Igor Petrovsky, o demônio no qual destruiu o meu menino, o qual me destruiu, está de pé com os punhos manchados de sangue como os velhos tempos gritando ordens e ódio. 

Nikolai se encontra em meu encalço como uma sombra pronta para se banhar ainda mais em sangue. Antes que eu consiga impedir Niko de vê-lo, sinto o corpo rijo de meu irmão no momento em que seus olhos param exatamente onde os meus estão. 

 Merda.

Tudo foi rápido, em questão de segundos sou empurrado para o lado. Nikolai, com a porra de uma única arma em mãos, atira em direção a Igor.

Sem tempo para pensar em como controlar um Nikolai possesso, opto por deixar a ira em seus olhos fluir no momento em que vejo os nossos adversários contra-atacar. Tudo que faço é lhe dar cobertura. 

Igor, por sua vez, consegue correr, deixando Marco para trás, jogado ao chão em meio à chuva de tiros que não cessam. Sem tempo para compreender o inferno de como Igor possa estar respirando, Nikolai, com ódio estampado e um brilho animalesco e insano, me encara os olhos no momento em que consigo interrompê-lo de continuar.

__Pegue sua mulher, irmão.__ Sua voz fria, seu olhar sombrio é tudo que ele não faz questão de esconder__Tenho um coelho para caçar.

 __Nikolai... 

 __Sua mulher pode estar morta, Ethan__ ele aperta meu botão de propósito.  

Não consigo fazer nada além de soltar maldições enquanto o vejo correr em direção a Igor, que se foi enquanto atravesso a porra da chuva de caos em busca de minha mulher. 

𝑰𝒏𝒂𝒔𝒑𝒆𝒕𝒕𝒂𝒕𝒐 - Vingança, Obsessão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora