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  O álcool que bebo não tem o efeito que eu gostaria que tivesse

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  O álcool que bebo não tem o efeito que eu gostaria que tivesse. Kiara está na Itália resolvendo sei lá o que, e eu estou aqui com os braços manchados de sangue seco. Na verdade, meu corpo todo se encontra sujo e pegajoso de sangue. Nunca estive tão bem-apresentável.  

Ivan, Niko, Dimitri e eu pegamos os ratos traidores que facilitaram a entrada do inimigo em nosso território. Ivan, como líder sangrento que ele é, fez de exemplo para todos os que ousarem pensar nos trair. A morte de cada rato imundo foi uma verdadeira obra-prima sangrenta e pública para todos da organização. Cabeças, mãos, olhos, tripas e muito mais foram como enfeites natalinos que usamos para enfeitar o chão e as paredes. A raiva que me dominou não se dissipou por nenhum segundo, mesmo depois de toda a matança, e olha que passei horas brincando.  

Minhas digitais gravadas pelo sangue ao redor do copo é o foco de meus olhos, no entanto, não dos meus pensamentos. Não consigo parar de pensar em Kiara e em como ela deve estar. Sem dúvida alguma, ela iria aproveitar a pequena brincadeira sangrenta. Aquela mulher é tão sedenta por sangue quanto eu. Por alguma razão, eu a quero aqui, e mesmo que eu jogue a culpa desse pensamento desejoso sobre a obsessão que tenho por ela, eu sei que de fato não é somente isso.  

Lembrar-me de seus olhos perdidos, das duas únicas lágrimas que seus olhos deixaram escapar, faz com que algo dentro de mim se contorça e aquele sentimento animalesco se acentue. Kiara Bianchi não é a porra de uma mulher que deixa suas emoções transparecerem para qualquer um e, mesmo que eu odeie admitir, ainda sou um estranho em sua vida, mesmo sendo seu marido.  

Tem a porra de um bastardo que invadiu a merda do depósito da minha família apenas para roubar a merda de um arquivo sobre a minha esposa. Alguém muito tolo declarou guerra contra mim a partir do momento em que ameaçou algo que me pertence. Esse desgraçado burro é um cadáver ambulante, não por muito tempo, que farei sangrar dolorosamente por ousar achar que pode perseguir a minha mulher.  

A fumaça do cigarro sai pelas minhas narinas, minha garganta queima deliciosamente pelo líquido âmbar. Sinto o vibrar do meu telefone no bolso, logo vendo o nome da minha demonia na tela. Jogo a ponta do cigarro manchada de vermelho dentro do copo que deixo no primeiro lugar que vejo. Saio da sala deixando Ivan e Niko para trás, em suas conversas sobre a ação de hoje. Meu irmão é calado na maior parte das vezes, mas o infeliz adora se deliciar com os detalhes de uma boa matança, claro que se ele participar, o que foi o caso.  

__Olá, minha demonia gostosa. __ Parei em frente à janela no fim do corredor do escritório de meu pai. Observo alegremente alguns pedaços de corpos que eu e Niko jogamos para alguns dos nossos cães que soltamos em meio ao caos. Gosto de observar como meus queridos bichinhos afiam os seus caninos.  

__Preciso da sua ajuda.__ seu pedido me pega de surpresa.

__ Diga-me.__ exijo imediatamente.

__ Estou voltando para Rússia.__ sua declaração me causa alívio__Levarei um prisioneiro para ser interrogado.

𝑰𝒏𝒂𝒔𝒑𝒆𝒕𝒕𝒂𝒕𝒐 - Vingança, Obsessão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora