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A cabeça dele estava em minha mira

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A cabeça dele estava em minha mira. O vento balança meus cabelos e o ar gelado é bem-vindo. E o único pensamento que vem em minha mente é o fato de como é tão fácil acabar com esse merdinha.

Se passam das três da manhã, sem dúvida consigo ver o nervosismo dele pela minha mira. Seus passos vão de um lado para o outro e, mesmo estando em cima do prédio ao lado, consigo detectar o seu corpo rígido pelo nervosismo que sente. Estou há um bom tempo aqui, apenas tendo a certeza de que ele está trabalhando sozinho, e como esperado, o idiota foi estúpido o suficiente para fazer tal coisa só.

Meus lábios se curvam assim que tenho a belíssima visão de suas costas, sem hesitar aperto o gatilho, vendo em segundos a bala atingir bem ao meio de sua coluna espinhal. Não aprecio a sua queda, apenas me levando com calma e desço para ir em direção ao moribundo do outro lado da rua. Ele não está morto, pelo menos não ainda.

O som alto dos saltos de minhas botas e do vento que balança os meus fios são os únicos sons que preenchem a rua assim que atravesso para o outro prédio. Quando o elevador se abre logo à frente do quarto do meu anfitrião, não hesito em entrar. Um pequeno sorriso curvava em meus lábios ao ver a grande poça de sangue ao redor de seu corpo ao chão. Seus gemidos de dor não são escandalosos, porém são altos o bastante para que eu possa apreciar.

Vejo perfeitamente o buraco da bala e o sangue saindo da ferida. O som dos meus sapatos lhe chama atenção, acompanho a falha tentativa dele de pegar a pistola da qual roubou de meu carro que está caída ao lado de sua mão. Seu gemido de dor não é tanto por eu pisar em sua mão, mas se torna alto logo após eu o virar para mim, deixando suas costas ferida ter contado com o piso gelado e melado de seu sangue.

__ Achei que fosse mais esperto pelo aviso que nos deu mais cedo.

__ Vo-voc-você. __ seus gaguejamentos e olhos assustados são satisfatórios, assim como seu sangue que mancha cada vez mais o chão como se fosse a melhor tinta que essa droga de apartamento precisasse.

__Sim. Eu.__ Chuto a pistola para longe de seu alcance, me sento na poltrona que o deixa bem diante de meus pés. Acendo um cigarro apenas para me deleitar do momento.__ Me conte.. __ dou uma tragada.__ Qual é o seu motivo?

__Seu pai é um monstro. __ esbraveja com ódio.

__ Todos somos, só tem uns piores que outros.

__ ESTRUPADORES MERECEM QUEIMAR NO INFERNO. __ sua raiva mesmo diante da morte é louvável.

__ Não discordo.__ digo simplista__ Mas o que meu papà tem haver com isso?

__ Ele estrupo a minha mulher. __ suas palavras estão cheias de fúria, mesmo diante da fraqueza que atinge seu corpo pelo ferimento. Sorrio, entendendo o motivo.

__ Marco pode ser muitas coisas. __ começo a dizer__ Um CEO cafajeste, como muitos sabem. Um homem ambicioso e vingativo. Um pai meia boca. __ O que era de fato. __ O chefe da máfia italiana. __ sorrio ao ver seus olhos crescerem. __ Um assassino de dar inveja aos meus olhos.__ saboreio o medo que seus olhos emitem.

𝑰𝒏𝒂𝒔𝒑𝒆𝒕𝒕𝒂𝒕𝒐 - Vingança, Obsessão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora