Capítulo 11 - Uma noite no museu

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Museu, 00h05...

Só consegui sair de minha casa à meia noite, quando devia estar no museu às 23h30. Mas os meus pais deitaram-se tarde, e portanto não tinha conseguido sair de casa a essa hora. Estava agora no telhado do museu, com a Anna, e estava aterrorizado com o que ela estava a fazer.

– É o último. – Ela apontou o seu arco, uma das suas armas, para o pescoço de um homem.

– Não podes matar os seguranças assim! – Ripostei e ela suspirou antes de atirar no último homem.

– Achas que estou a matá-los? Estou apenas a pô-los a dormir... – Ela mostrou-me uma das suas flechas, que tinha uma espécie de seringa com um líquido lá dentro. Afinal, eram dardos tranquilizantes ou coisa do género...

– Oh, pois... – Dei um murro psicológico a mim próprio por ser tão ignorante.

– Catherine, já podes avançar. – A Anna voltou a pegar no seu telemóvel e colocou-o junto ao ouvido.

Em questão de segundos, deixámos de estar no terraço do museu e passámos a estar dentro do museu.

– O que é que foi isto? O que aconteceu?! – Perguntei, incrédulo e confuso.

– Não te lembras? No dia em que nos conhecemos, a Petra disse-te que as armas da Catherine lhe permitem tele-transportar coisas e pessoas... – A Anna relembrou-me, levantando-se do chão depois de apanhar a estrela que a Catherine tinha usado para nos tele-transportar.

– Noah, as luzes. – Ela voltou a colocar o telemóvel no ouvido.

Segundos depois, as luzes de todo o edifício foram acesas.

– Por falar nisso, onde é que está a Petra? – Perguntei curioso.

– Ela foi avisar o Sr. Abraham de que vínhamos ao museu esta noite. Deve estar a chegar a qualquer momento. – Ela explicou, aproximando-se de mim.

Momentos depois, a Anna prendeu a respiração e olhou para a frente.

– Cuidado! – Ela gritou e de seguida empurrou-me para o lado, o que a fez ficar no lugar onde eu estava antes.

Quando voltei a abrir os olhos, a Anna tinha sido atingida por algo cortante e enviada para longe, rebolando pelo chão.

– Anna! – Deixei escapar, preocupado. Uma rapariga e duas crianças surgiram do nada e levantei-me do chão.

– Um feiticeiro! – A rapariga dos cabelos roxos que tinha aparecido olhou para mim, corada.

– As nossas ordens são para acabar com todos os que estão aqui. – As duas crianças (dois gémeos de cabelos verdes escuros) disseram em coro.

– Pois é, que pena... E ainda temos que carregar com a dos olhos brancos e com o livro... – Ela suspirou e foi em direção à Anna, que ainda estava estendida no chão, mais ao longe.

– Fiquem com ele. Deixamos a rapariga inconsciente e levamos o livro. É bastante simples! – A rapariga dos cabelos roxos pediu aos gémeos.

– Hey, onde é que ela está? – A mesma rapariga exclamou e abri a boca quando vi que a Anna já não estava no chão.

Ouvi alguém aproximar-se a grande velocidade quando um dos gémeos me tentou atacar. A Anna surgiu do nada e com a sua foice cortou ao meio um dos gémeos, mas por incrível que parecesse, o mesmo não se desfez em sangue nem nada do género.

– Ele ainda não morreu. – A Anna respondeu a todas as dúvidas que se tinham originado na minha cabeça.

– Estes gémeos têm a capacidade de moldarem o seu corpo da forma que quiserem... Só não percebo é como. – Ela semi-serrou os olhos e arrepiei-me. Já tinha percebido que quando ela o fazia, era mau sinal.

Anna [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora