Capítulo 45 - Feira na Cidade

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3 dias depois...

Casa, 10h30...

Desde que voltamos do Segundo Mundo muitas coisas aconteceram: o Sr. Abraham teve que apagar as memórias de alguns dos nossos professores e dos nossos pais por causa dos dias que faltamos à escola. E eu ainda estou em casa, a recuperar da ferida que tenho na barriga.

A Carol tinha sido enviada para outra cidade para ficar com amigos do Sr. Abraham que eram antigos Mestres de Armas. Ele achou melhor ela habituar-se a este mundo primeiro, e aprender a viver nele longe dos problemas em relação ao Shadow.

Também foram montadas bancas de comida e atrações no centro da cidade há cerca de um dia. Aquilo é uma espécie de festa onde as pessoas comem, bebem e dançam. Levantei um pouco os lençóis da minha cama e levantei a camisola. A ferida na minha barriga parecia estar a cicatrizar rapidamente.

Levantei-me e desci até ao andar de baixo, precisava de comer. Peguei no leite e coloquei um pouco numa taça. A minha mãe tinha vindo há pouco das compras. Cereais novos logo pela manhã!

Voltei para o andar de cima e enquanto comia recebi uma mensagem da Maya.

• Hoje vou com o Harry à feira e convidei os teus amigos (a Anna, o Noah e a Catherine). Aparece por lá!

O quê? Ela convidou o Harry? E a Anna?

Saltei da cama e perdi a vontade de comer cereais. Escolhi uma roupa qualquer e vesti-a rapidamente. Normalmente costumo ter bom gosto em roupa, por isso mesmo que a escolha à sorte fica-me sempre bem.

– Mãe, vou sair. – Informei-a, junto à porta da cozinha.

– Mas ainda tens que descansar! São as ordens do médico! – Ela reclamou e aproximou-se de mim, ajeitando a camisola que eu tinha vestido.

– Vou ter com a Anna. – Sabia que esta informação era o meu passaporte para poder ir à feira.

– Querido, eu sei que tu gostas muito dela, mas ainda não estás bem. – Ela insistiu.

A sério? Nem por dizer que vou ter com a Anna?

– Não te preocupes, eu vou ter cuidado. – Assegurei e antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa saí de casa.

Demorei uns dez minutos para chegar à feira, uma vez que andava devagar por causa da minha ferida. Assim que cheguei ao meu destino, haviam muitas pessoas por todo o lado.

– Eu quero mesmo aquele peluche! – Ouvi a voz da Catherine berrar.

– Olha o Lucas! – Troquei um "dá cá mais cinco" com o Noah.

– Vocês não estão com a Anna? – Perguntei e a Catherine riu-se.

– Não. Ela anda por aí. – O Noah disse-me e um homem entregou umas bolas à Catherine.

A Anna não tinha dito nada acerca do que aconteceu no Segundo Mundo. Não sei se ela odeia o pai do Harry e o quer matar por ter abandonado o seu pai.

– Tem que mandar todas as garrafas ao chão. Só pode usar 3 bolas. – O homem da loja disse.

– Posso usar outra coisa sem ser as bolas? – A Catherine perguntou e o homem ficou confuso.

– Não se preocupe, não é nada perigoso. – Ela assegurou-o e já previa o que ia acontecer.

Depois de o homem lhe dar autorização ela invocou discretamente uma das suas estrelas, lançando apenas uma para o monte de garrafas, que acabaram por cair no chão e foram cortadas.

Anna [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora