Capítulo 40 - O feiticeiro do Fogo

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Segundo Mundo, 20h10...

Anna On#

Uma semana. É tudo o que posso dizer.

Passou-se uma semana e nunca mais vi ninguém. Nem a Catherine, nem a Petra, nem o Noah, nem o Kid, nem o Harry, nem mesmo o Lucas.

Exatamente. Até o Lucas desapareceu...

Desde o dia em que o conheci e que ele se decidiu meter na minha vida só porque lhe apeteceu, achei que ele estaria sempre perto de mim. Mas até ele desapareceu. Sinto-me meia sozinha, mas já estou habituada, visto que antes de conhecer o Lucas nem sequer ligava muito às outras pessoas. Nem mesmo à Catherine e ao Noah. Nem à própria Petra.

Foi tudo demasiado rápido. Bastaram os cinco segundos do beijo do Harry para todos desaparecerem. Passou-se uma semana em branco. Nada aconteceu. Apenas juntei alguns trocos por salvar pessoas de demónios...

E tudo o que andava a fazer era fugir do exército. Esses sim é que podiam desaparecer...

– Está ali! – Boa, é só falar no diabo que ele aparece...

Comecei a correr na esperança de me perder na multidão. Estava farta de me meter em sarilhos...

Vi-me obrigada a parar de correr porque o mar de gente chegou ao fim e deparei-me com um membro do exército. Devia ser o segundo comandante ou qualquer coisa do género. Este tinha cabelo verde e com uma forma estranha.

Todos eles usavam roupas brancas e com emblemas em azul, cada um deles era Mestre de Armas (porque maior parte das pessoas do Segundo Mundo o são).

O espaço entre nós era grande e pensei em recuar, mas rapidamente exclui essa ideia assim que o resto do exército que me tinha perseguido me bloqueou por trás.

– Não quero arranjar problemas... – Avisei-os e eles riram-se.

– Vocês andam em fuga há uma semana! Como é que não querem arranjar problemas? – O mesmo velho que queria o livro há uns dias (e que também disse que o meu pai era fraco...) disse. Estou farta dele!

– Vamos lá despachar isto... – O homem que estava à minha frente (o do cabelo verde) riu-se e ergueu a sua espada no ar.

Invoquei também uma espada mas mantive as minhas roupas normais. O vestido não seria necessário.

Iniciamos uma pequena luta de espadas e vi o quão bom espadachim ele era. Usava a espada bastante bem. A força dos seus ataques começou a aumentar e comecei a recuar. Ele estava a deixar-me em desvantagem!

– Nada mau! – O mesmo deu-me um sorriso psicopata e tentei não me desconcentrar da luta que estávamos a ter.

Provavelmente era isso que ele queria que acontecesse...

Acho que a multidão de pessoas que se tinha formado à nossa volta me estava a desconcentrar, porque, por causa do meu lado demoníaco, conseguia ouvir tudo o que cada pessoa comentava.

Alguns estavam a meu favor e queriam que eu ganhasse. Outros, nem por isso...

– Maldito... – Deixei escapar e as nossas espadas embateram uma na outra. A minha espada foi projetada pelo ar e tive tempo de invocar outra para me defender, mas a força do meu ataque não foi tão grande e só vi a minha espada girar pelo ar, tal como tinha acontecido com a minha outra.

Não tinha tempo de invocar outra arma qualquer, e o homem do exército ergueu a sua espada, já com um sorriso vitorioso no seu rosto.

Vi a sua espada aproximar-se um pouco de mim, mas o homem parou o seu movimento antes de me acertar, olhando para a espada de forma confusa.

Anna [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora