Segundo Mundo, 10h20...
Acordei entre montes de arbustos e a minha cabeça surgiu por entre eles.
Arregalei os olhos assim que vi a paisagem que me rodeava: o céu estava recheado de nuvens de várias cores; as flores abriam e fechavam sem parar; os coelhos tinham orelhas e cabeças grandes, mas por sua vez o, seu corpo era minúsculo; as árvores eram curvadas, ou então tinham ramos quase tão leves como cabelos, e falavam; entre outras coisas muito peculiares.
– Onde raio vim parar? – Levantei-me e sacudi a minha camisola cheia de ervas.
Comecei a explorar o local e lembrei-me da Anna. Antes de ter perdido a consciência, eu estava com ela junto àquele lago, no terreno abandonado. Mas depois disso, o corpo dela começou a desfazer-se em luzes, e logo de seguida o meu também, e por isso acabei por perder os sentidos.
– Anna? – Chamei alto na esperança de ter uma resposta, mas nada.
Continuei a caminhar por aquele local tão estranho e deparei-me com um cavalo. Tinha um pelo branco bastante bonito, crinas cor de rosa, e... Asas?
Provavelmente seria uma égua, mas um cavalo com asas?
O animal estava a comer calmamente, mas assim que me viu arregalou os olhos, caminhando com passos largos até mim.
– Wow! Calma, amiguinha. Não tenhas medo. – Tentei acalmar o animal, mas ela continuou a caminhar até mim.
Assim que me alcançou, a fêmea farejou todo o meu corpo e encarou-me com um olhar severo e desconfiado.
– Eu não tenho comida, se é isso que queres saber... – Sabia perfeitamente que um cavalo não percebia o que eu estava a dizer, mas falar com ele foi a única coisa que me ocorreu fazer.
– De onde é que conheces a Anna? – Saltei assim que aquela égua falou.
– Quem diabos és tu?! – Assustei-me e recuei.
– Só a Anna é que me pode encontrar, e tu estás carregadinho do cheiro dela. Por isso é que me encontraste. – Ela explicou e transformou-se numa pequena esféra, que por sua vez foi ficando maior e acabou assim por se transformar numa rapariga com umas asas iguais às da égua, assim como o cabelo cor de rosa.
– O que...? – Apontei para ela, escandalizado com o que tinha acabado de acontecer.
– Quero saber de onde é que conheces a Anna. – Ela insistiu e inclinou-se para a frente, colocando as mãos nas ancas.
Recompus-me do choque e preparei-me para ter uma conversa com ela como se ela fosse uma pessoa normal (confesso que já andava a fazer isso desde que tinha conhecido a Anna, por isso não seria difícil...).
– Bem... Da minha escola. Estudamos juntos. – Expliquei. Ainda assim, era estranho estar a falar com uma rapariga meia cavalo/égua.
– Espera aí... Então, se tu estás aqui, é porque ela também está. – Ela deixou escapar uma expressão preocupada.
– És Mestre de Armas? – Ela perguntou-me.
– Feiticeiro. – Corrigi.
– Hmm... Fixe. – Ela disse. Espera, ela não estava surpreendida? A Catherine e o resto do pessoal sempre me disseram que os feiticeiros eram super raros! Estava tão confuso...
– Bem, eu e a Anna estávamos na cidade, e... – Ela interrompeu-me.
– Tu já não estás na tua cidade, nem vais voltar a estar. – Ela informou-me e fiquei confuso.
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Anna [Pausada]
ActionUma Fanfic criada por Animes_Fanfic_MVS. Esta é a primeira história que estou a criar em minha total autoria, a imagem da capa não foi criada por mim mas a protagonista é mais ou menos igual. Esta é a história de Lucas, um rapaz de 16 anos que muda...