Capítulo 41 - Jack e Zac

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Segundo Mundo, 22h10...

Entramos no restaurante e a Carol arregalou os olhos e abriu a boca, fascinada com o tamanho do espaço.

– É tão grande... – Ela disse e sorri-lhe

– Estou a dizer-te: tu não tens dinheiro para pagar um jantar num sitio destes. – A Anna voltou a ripustar e suspirei.

– A Mia deu-me dinheiro. Ou melhor, ela obrigou-me a trazer dinheiro dela. – Retroquei e ela surpreendeu-se.

Estava a tentar adoptar uma atitude séria perante a Anna. Muito honestamente, a minha pessoa acreditava que isso me iria ajudar a esquecê-la...

– A Mia nunca me emprestou dinheiro dela! Grande falsa! – A Anna reclamou, indignada.

– Parece que ela gosta mais de mim do que de ti. – Pronto. Lá se foi o meu modo sério. Tanto esforço para nada...

O empregado aproximou-se de nós e sentamo-nos na mesa que ele referiu.

– Não é o rapaz desta tarde? – Ouvi umas raparigas da mesa ao lado comentarem. Provavelmente elas tinhas visto a minha luta com os homens do exército...

– É tão giro! – Ouvia algumas dizerem enquanto abafavam gritos histéricos. Suspirei com a eufuria delas e apoiei a cabeça numa das minhas mãos.

– Há tanta coisa boa para comer! · A Carol disse enquanto via os pratos das pessoas mais perto de nós.

– Diz-me lá. Onde é que arranjas-te essa roupa? – A Anna perguntou. Acho que ela já andava desconfiada há algum tempo.

– Bem... A Mia deu-me. – Expliquei-lhe e ela pareceu surpreendida.

– Estou a ver... –Ela disse e ficou a olhar para o seu copo.

– Olha, como é que vocês se chamam? – A Carol perguntou. Ela tinha razão, eu e a Anna acabamos por não nos apresentar.

– Ela chama-se Anna, e eu sou o Lucas. – Sorri-lhe e ela também me deu um sorriso.

– Hmm. E há quanto tempo é que vocês dão beijinhos? – Ela perguntou e saltei da cadeira. Para uma criança, suponho que dar beijinhos seja o mesmo que namorar. Pelo menos é assim com a minha irmã, a Kate. Tenho saudades dela... E dos meus pais.

– O quê?! – Perguntei enquanto tentava ficar calmo com a pergunta da miúda.

– Nós somos só amigos! – A Anna reforçou a ideia e a Carol pareceu ficar confusa, mas não perguntou mais nada.

O empregado aproximou-se de nós e fizemos os nossos pedidos. De facto a comida era tão boa quanto aparentava ser. Era bastante constrangedor estár a jantar com a Anna, mesmo tendo a Carol aqui...

– Estava tão bom! – A menina disse e ri-me da cara satisfeita que ela tinha.

– Onde é que tens dormido? – A Anna perguntou e suspirei. Ela não é capaz de parar um pouco com as perguntas?

– Em casa da Mia... – Informei-a e ela ficou a olhar para mim com os olhos arregalados.

Já disse o quão bonita ela fica com aqueles dois totós de lado?

Lucas... Para. Apenas para. Tens que a esquecer... Esquece a porra dos totós...

Adoro quando falo comigo mesmo.

Levantei-me para ir pagar a conta e deixei as duas raparigas na mesa. Sentei-me num dos bancos junto ao balcão e entreguei o dinheiro ao homem enquanto esperava pelo troco.

Anna [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora