32 - FLAGRA I

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"Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. E que a liberdade seja a nossa própria substância.”

Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir

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Fazia quase meia hora que Rick tinha acordado e o sorriso bobo ainda estava estampado no seu rosto enquanto observava Jully dormir feito um anjo.

Enroscada no corpo dele completamente nua e a cabeça apoiada no peitoral do Personal, seus cabelos castanhos  escuros compridos estavam esparramados igual cascata sobre todo o tronco do rapaz que a abraçava com cuidado.

O leve movimento de sobe e desce que seu peito fazia com a respiração acalentava mais o sono da piloto.

Até pensou em levantar com cuidado para preparar um café da manhã caprichado e trazer na cama para ela, mas o barulho de passos, conversas distantes e louça batendo na cozinha indicava que a casa já estava cheia, realmente eles dormiram demais, também depois de tudo que fizeram ontem.

As doces lembranças fizeram seu sorriso bobo se alargar ainda mais, daqui a pouco ia dar cãibra nas bochechas.

Como queria ficar mais um pouquinho nessa "bolha particular" que criaram, longe da realidade e dos problemas…e que problemas.

O que irá acontecer depois do contrato terminar?

Diferente de Rick, que tem seu negócio próprio em sociedade bem enraizado na cidade, a vida da Jully é seguir seus sonhos e os sonhos dela está bem longe daqui, ela é um estrela em ascensão feita para voar alto enquanto ao Personal só resta ficar torcendo e a admirando como sempre foi…a distância.

"De novo a distância" - ele pensa melancólico.

O rapaz sabe que a história pode correr o risco de se repetir, pois a distância estaria entre eles. Jully passa quase o ano inteiro viajando e a cada duas semanas está correndo em algum país diferente isso se transformaria em meses fora, então a distância seria bem cruel.

"Será que saberiamos lidar com isso sem desgastar a relação?"

"Estar juntos apenas uns dias no ano nos finais de campeonatos daria certo?"

As dúvidas fizeram ele soltar um profundo suspiro, seu peito subiu e desceu tanto que a garota deu uma leve mexida, o Personal paralisa na mesma hora para não acordá-la, afinal ela precisa de pelo menos 8 horas de sono.

Os raios de sol do dia que amanheceu a tempo entram pela fresta da porta balcão iluminando aos poucos o quarto e Jully começa a despertar se espreguiçando preguiçosamente em cima dele.

— Bom dia! - ainda com a cabeça no peitoral do rapaz, ela diz com uma voz rouca de quem recém acordou.

— Bom dia. - ele retribui dando um beijo no topo da cabeça dela.

F1 - A Fórmula do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora