Deus ou o diabo? Quem teria lançado aquela maldição sobre a humanidade?
O ano é 6519 quando todos nascem com uma praga sobre o corpo. Dois nomes tatuados estão em suas peles. Um é de sua alma gêmea, e o outro da pessoa que está destinada te matar. A...
Na mesa há um grande mapa, completamente rabiscado por Hyerin, na parede um mural foi construído por ela, demarcando ameaças, situações, planos b,c,d... Talvez ela tenha até o Z. Caixas com diversos equipamentos estão espalhadas pelo chão, sem contar em pilhas de materiais que ela está usando para criar novas coisas.
O tempo limite do oxigênio reservado está acabando conforme ela calculou, o que nos deixa com certa vantagem sobre a situação.
Outra coisa, as buscas que seu pai está operando por ela está cada vez mais tomando proporções maiores.
Mas Hyerin não parece preocupada com isso.
Com todo o alarde desses últimos dias, mal pudemos discutir o Projeto H. E as informações que ela trouxe diretamente do governo.
Também não conversamos sobre esse tal de pendrive. Simplesmente tudo estava domado por essas situações irritantes.
Eu tinha muita coisa para fazer, tal como os outros, então não tive muito tempo para pensar nisso de verdade. Mas quando vi o relatório feito por Hana do que está acontecendo do lado de fora da nossa organização, essa questão voltou a ser pauta na minha cabeça.
Sabia que não conseguiria falar com Hyerin sobre isso por hoje, já que esta madrugada está calculada para ser o dia em que sairemos em busca dos novos cilindros.
- Acha que vamos conseguir colocar tudo isso em prática hoje? - Hoseok pergunta baixo ao meu lado.
Havíamos chegado há pouco tempo, estávamos ambos parados na soleira da porta, observando Hyerin e um dos seus amiguinhos consertarem um capacete respiratório.
- Aparentemente tudo o que ela calcula parece dar certo, se ela disse que seria hoje... Bem, deve ser - respondi, cruzando os braços enquanto a fitava encaixando o que parecia ser uma das peças finais do capacete.
- Hyerin sabe o que diz, é lógico que vai ser hoje - a voz masculina nos atrai no final do corredor.
Ao me virar vejo que se trata de outro amiguinho dela, o mais alto dos dois.
- Todos vocês estão sempre opinando, mas nunca parecem úteis de verdade para nada - seus olhos pequenos, são acentuados, bem puxados, o trazendo um ar mais intimidante - Não coloquem seus problemas sobre ela.
Ri.
- Até onde eu sei foi ela que veio para cá - me virei para ele - Ela mesma quis assumir as consequências de tudo.
