Deus ou o diabo? Quem teria lançado aquela maldição sobre a humanidade?
O ano é 6519 quando todos nascem com uma praga sobre o corpo. Dois nomes tatuados estão em suas peles. Um é de sua alma gêmea, e o outro da pessoa que está destinada te matar. A...
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⌗ ⛓ ꒦꒷ 𝐃𝐞𝐦𝐨̂𝐧𝐢𝐨
┆𝑨 𝒆𝒔𝒔𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒆𝒖• ➵
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As mãos de RM acariciam meu cabelo molhado, aplicando a máscara de hidratação no comprimento.
De algum jeito, mesmo cortando as pontas diariamente ele parece mais longo do que no ano passado.
Estico as pernas na banheira gigantesca, sentindo as bolhas da hidromassagem cuidarem das minhas dores. No último ano havia ficado muito tempo em pé, cuidando da construção da máscara que substituiria os capacetes, mesmo já tendo passado três meses que lancei a novidade - mesmo que de forma anônima - não abandonei os laboratórios e pesquisas.
Meu corpo começou a responder a isso de maneira inevitável.
- Esse produto novo tem um cheiro adocicado muito bom - RM comenta, dessa vez enxaguando os fios com o chuveirinho - Esse aroma combina com você.
Viro minha cabeça de lado levemente, o observando sentado na pedra ao redor da banheira com uma mecha valorosa do meu cabelo entre o dedo indicador e o médio, cheirando meus fios.
Ele me lança um olhar intenso e abre um sorriso de lado.
- Onde quer que eu ensaboe agora? - ele acaricia a mecha - As pernas ou os ombros e costas? - ele larga meu cabelo, colocando as mangas da camiseta social para cima - Quer que eu faça uma massagem no processo?
- As pernas primeiro - não estava aguentando a pressão dos meus músculos.
Ele sorri brevemente e vai para a outra ponta da banheira, sentando-se na beirada e pegando minha pernas esquerda.
Observo que parte da manga da sua camisa se molha no processo. Isso me incomoda.
- Você deveria tirar a camisa quando vem me dar banho - ele passa a esponja macia abaixo do meu joelho - Ou ao menos colocar uma regata, está se molhando todo - a parte molhada do tecido fica mais escura de uma forma que parece manchada, completamente torto ainda.
RM massageia meu tornozelo enquanto limpa entre meus dedos.
- Sei que não tenho muito mais o que esconder dos seus olhos - sim, eu já vi e toquei tudo - Mas precisa entender minhas medidas de segurança - ele me lança um olhar corriqueiro, subindo a espuma para a minha coxa.
Mesmo quando durmo com ele não consigo ver nada em sua pele, por mais que estejamos nus e a mercê da curiosidade um do outro fazemos tudo na repleta escuridão, justamente porque ele não me permite ver seus nomes tatuados. Mas nesse tempo já constatei que um deles deve estar no braço, já que ele se recusa a usar até mesmo regata.
