Deus ou o diabo? Quem teria lançado aquela maldição sobre a humanidade?
O ano é 6519 quando todos nascem com uma praga sobre o corpo. Dois nomes tatuados estão em suas peles. Um é de sua alma gêmea, e o outro da pessoa que está destinada te matar. A...
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⌗ ⛓ ꒦꒷ 𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨
┊𝑨 𝒇𝒖𝒏𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒆 𝒄𝒂𝒓𝒓𝒆𝒈𝒂𝒓𝒂́ • ➵
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❥ 𝐔𝐦 𝐀𝐧𝐨 𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬
Minha mãe tinha esquizofrenia, era uma mulher sem princípios e apedrejada pela vida.
Meu pai vivia em função de descobrir uma cura para sua doença, trabalhava em projetos científicos e se reunia com vários médicos toda a semana. Mas se esquecia que tinha um filho.
Ele não aceitava que em um mundo avançado como o de hoje, onde câncer e aids tiveram soluções, que logo a doença que atingirá sua esposa fosse um caso perdido.
Demorou muito para ele entender que é impossível tratar doenças que corroem a alma e não o corpo.
Sinceramente eu não me lembro mais de nada daquela época, ao menos não direito, as vezes sinto que mal passei por todos aqueles anos.
Mas conseguia me lembrar vagamente de como foi o dia que a notícia do acidente chegou, o dia que minha mãe e eu descobrimos de sua morte.
Me lembro de sentir como se meu mundo tivesse desabado, de algum jeito eu sabia que seria abandonado, não porquê ela não me amava, as vezes quando voltava a si sabia que tinha consciência de quem eu era, mas porquê aquilo teria que acontecer de qualquer jeito.
Se ela não me abandonasse eu a abandonaria.
A vida seguiria esse percurso de qualquer jeito.
Quando fui para as ruas e me tornei parte dos órfãos desabrigados eu sabia de duas coisas. A primeira e mais importante, eu estava ferrado, completamente abandonado pela vida. A segunda e mais difícil de acreditar, eu teria que sair dessa.
Conheci Hana e Hoseok primeiro, eles estavam na mesma situação que eu e acabamos nos aproximando por ordem de eliminação.
Fomos os únicos que não morreram de fome, sede, frio, infecção pelos poluentes, todas essas coisas.
Quando roubei o bastante para conseguirmos um lugar para morar parecia que as coisas poderiam ter jeito.
Elas tinham que ter um jeito.
Descobri naquela época que eu precisava de um grupo maior, mais pessoas para trabalharem para mim, para serem fiéis a mim.
Foi quando procuramos por mais pessoas na nossa situação e criamos uma boa rede de segurança e apoio.
Eu tinha menos de 18 anos na época, não entendia os riscos das coisas que estava fazendo até que fomos pegos pela primeira vez.
