Cinco - Meio a meio

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*---------- quadro de aviso -----------*

Oi, tudo bem?

Hoje não tenho nada novo para dizer (que eu lembre), mas vocês vão conhecer os Maiores e Melhores.

Boa leitura!

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Lauren

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A alta médica é uma coisa linda, não é? Depois de dias no hospital você não vê a hora de voltar para o conforto de sua casa, então o momento chega, arco-íris surgem no horizonte e seus olhos brilham.

Ao menos seria assim, se Camila e eu não fôssemos duas mães de primeira viagem perdidas quanto ao que fazer agora que tínhamos três bebês para criar.

Digo, não era tão ruim, certo? Era a realização de nosso sonho de ter uma família com filhos e tudo mais, ainda que as coisa tenham acontecido de forma ultra acelerada porque não planejamos aumentar a família tão bruscamente assim.

Alguém olhou nossa vontade de ter filhos e falou "vou deixar essas aí desesperadas e malucas, pega essa brincadeirinha aí pra gente se divertir".

E quando o momento chegou, Camila e eu apanhamos para encaixar três cadeirinhas nos bancos de trás, já que Phabullo tinha conseguido para a gente a terceira, bem como as coisas quase todas do bebê surpresa. Acontece que tínhamos treinado colocar apenas duas, uma em cada lado das janelas. Isso não foi o combinado, definitivamente.

Depois de muito custo, principalmente de Camila porque a coitada queria me livrar de exercícios porque já tive o bastante por meses depois de expelir três seres humanos de dentro do meu corpo, seguimos para nosso abençoado lar como tinha que ser.

- Será que eles vão se dar bem? - me perguntei em voz alta - eu espero que eles não se estranhem...

Não, eu não estava falando de nossos familiares que nem sabiam de nossa misteriosa Missão Mamães em Ação. Levaria algum tempo até precisarmos pensar nisso. Tampouco estava falando sobre os irmãos sonecas no banco de trás, porque acredito que se dariam muito bem, já que eles passaram a vida toda literalmente dividindo até o mesmo sangue. Eles eram para ser uma pessoa, mas se dividiram em três, não era estranho?

Não, eu falava deles: Tempero e Bichana Julieta. O primeiro era um cachorro de cerca de oito anos que Camila e eu encontramos no lixo pouco tempo depois que casamos, e que a princípio parecia que havia caído em um pote de especiarias, mas era apenas a pelagem curiosa. A segunda era, obviamente, uma gata rajadinha cinza de três anos que Camila trouxe para casa depois que perdemos nosso primeiro bebê.

Ela sempre fez de tudo para me ver feliz, mesmo achando gatos um pouco assustadores. Agora ela já amava Bichana.

- Eles vão se amar, Lern. Tenho certeza - disse em tom tranquilo enquanto estacionava o carro em nossa garagem.

Ouvimos os latidos, o que queria dizer que Phabullo, que estava cuidando dos dois, os havia deixado ali para nós mais cedo. Apesar de estar tão envolvido com nosso processo de nos tornarmos mamães, Phabullo entendeu nossa restrição quanto a contatos com os bebês. Tinha espiado os três quando foi entregar as coisas de Thomas, mas não pediu para pegar neles por uma noção básica de cuidado com recém-nascidos.

Foi legal da parte dele.

- Acho melhor falar com eles antes de chegar com os meninos. Eles vão ficar eufóricos de saudades - cogitei e Camila assentiu em concordância.

Nem precisamos vocalizar para ter a ideia de manter as portas do carro um pouco abertas. Seguimos para a porta de casa e imediatamente ao abrir fomos recepcionados pelo cachorro de porte médio que pulou sobre nós.

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora