Dezoito ‐ O ônibus infernal

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*---------- quadro de avisos ----------*

Olá! Não voltei ontem porque estava esperando quem normalmente lê aparecer.

Mas aqui estou eu hoje, então vamos ao capítulo!

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Camila

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Tudo começou quando eu perdi. Não sei se isso era bom ou ruim, mas foi assim.

Lauren e eu não chegamos ao acordo de quem seria pior fazendo o jantar, então fizemos sorteio. Por isso eu estava cantando músicas idiotas para os bebês enquanto ela estava na cozinha tentando seguir um tutorial no YouTube de algo entre salada e macarrão, não entendi muito bem quando espiei sua bagunça, mas não estava muito bonito.

- A roda do ônibus roda, roda, roda, roda. A roda do ônibus roda, roda pela cidade... - cantarolei para Daniel, brincando com as perninhas dele enquanto tinha sua atenção presa em mim.

O bebê a seu lado, Oliver, protestou a falta de atenção em si com alguns "a"s gritados e me voltei para ele, segurando seus bracinhos e gesticulando com a música:

- A porta do ônibus abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha. A porta do ônibus abre e fecha pela cidade...

Então Thomas protestou para que eu voltasse minhas atenções para ele, o que me fez segurar suas perninhas e continuar:

- Os passageiros sobem e descem, sobem e descem, sobem e descem. Os passageiros sobem e descem pela cidade.

E aí Daniel protestou, me fazendo olhar para ele, mas quando soltei Thomas o garoto reclamou e Oliver, que nunca gostava de nada, gritou. Olhei para cada um meio perdida e eles começaram uma algazarra de resmungos.

- Meu Deus, que público exigente! - reclamei, fazendo uma careta que abriu um sorriso no rosto de Oliver - Lauren! O Oli sorriu pra mim! Fiz uma careta e ele sorriu!

Não é que Oliver nunca sorrisse, mas ele era exigente demais e não gostava de caretas. Não acho que exista nesse mundo um bebê mais bravo e que não gosta de nada. Esse, no entanto, era seu diferencial.

-Sorriu intencionalmente? - perguntou, surgindo com um pano de prato em mãos.

Ignorei seu tom de dúvida e suas mãos manchadas de vermelho e foquei no que importava.

- Sim! Eu fiz uma careta e ele sorriu - contei.

- Oh, meu Deus! Preciso ver isso! - e se aproximou - faz de novo.

Oliver nos encarava com interesse, enquanto Daniel devorava sua mão direita inteira  e Thomas tinha mais interesse em ver as próprias mãos abrindo e fechando.

- Ok, vamos tentar de novo - murmurei para ninguém e fiz a careta novamente que fez Oliver sorrir e sacudir os braços e as pernas.

VITÓRIA DA GAY! (a gay sou eu).

- Oh, meu Deus! - exclamou Lauren novamente com uma expressão boba no rosto.

Ela provavelmente nem reparou que duvidava de minhas capacidades e eu fiquei na dúvida mais sincera sobre se eu deveria me sentir ofendida.

Optei por continuar dando atenção ao bebê.

- Vocês é muito exigente, carinha. Parece até que nasceu primeiro.

Lauren me olhou de cenho franzido.

- Camz, mas ele nasceu primeiro.

A encarei.

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora