Trinta e Quatro - Tolerar não basta

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*------------- quadro de avisos ------------*

Olá! Sei que já postei hoje, mas é 10 anos de 5h e depois da menina Lorena postar fiquei mais animada.

Vamos ao capítulo.

Comentem bastante para mim.

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Camila

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Daniel estava nervosa. Esses dias ela andava assim. Sabíamos ser sobre a escola, mas quando perguntávamos, Dan não falava.

Tentamos coagir os outros, mas não colou. Eles tinham a política de "isso é coisa de Daniel/Oliver/Thomas" e quando era assim, a assembleia deles decidia ser caso sigiloso.

— Lauren, eu não aguento mais seus filhos — declarei, suspirando e me jogando no sofá ao seu lado.

Ela lia uma revista de arquitetura que odiava apenas para criticar.

— Deixe que eu adivinhe: ninguém falou o problema — Lauren disse sem desviar o olhar para mim.

Ela estava sexy com seu óculos de grau de aros finos e a luz batia em uma mexa grisalha que Lauren cansou de tentar esconder.

"Tenho quarenta e três anos, não tenho como esconder a idade para sempre e nem quero, afinal sou uma gostosa de qualquer forma" ela disse enquanto passava cremes antienvelhecimento no rosto para esconder que estava ficando velha.

Ela soltou um muxoxo e virou uma página da revista com raiva. Nossa velhinha Bichana Julieta bufou junto a ela e saiu de seu colo com raiva. Essa gata e Oliver compartilhavam o mesmo humor.

Em contrapartida, Tempero surgiu se deitando em meus pés. Ele tinha dezesseis anos, não fazia quase nada, enxergava tanto quanto Lauren tentando ler sem óculos, mas era bem mais animado que a gatinha resmungona.

— Chuchuzinho, refresque minha memória: por que está lendo essa revista que você odeia?

Lauren me encarou.

— Estratégia — ela apontou — quando revistas de quaisquer tipo saem, as pessoas tendem a aceitar como estilo e copiam as coisas. Mas você sabe que eu sou bem melhor e é por isso eu pego esse lixo e... jogo fora.

— Quê? — fiquei confusa — estava esperando um "transformo em ouro" ou algo assim.

Lauren girou os olhos.

— Eu sou muito melhor que isso, você devia esperar mais de mim — sacudiu a cabeça — não... eu vou simplesmente fazer do jeito certo e original. Lembra aquele projeto que te mostrei que o escritório ao lado copiou daqui?

— Uhum — impossível não lembrar da risada gostosa que ela deu ao contar.

— Está aos pedaços, como eu previ — ela contou — eu disse, aqueles materiais não deveriam ter sido usados para o que foram. Além de não ficar bonito, desvaloriza o material e diminui a vida útil dele.

Sorri, porque era impossível não sorrir para Lauren falando sobre arquitetura.

Ela suspirou, olhando a revista e virando a página.

— Você sabe que eu sou um gênio — ela continuou sem modéstia alguma — e é por isso que eu vejo essa revista. Gosto de saber que posso arrumar as coisas e ser criativa pensando nas soluções. O que me leva ao nosso problema.

— Quê? — foi o perguntei, confusa.

Que problema?

— Daniel está com problemas na escola porque não querem tratar ela no feminino — ela disse, virando outra página — eu liguei na escola.

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora