Nove - O que deve ser feito

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*---------- quadro de avisos ----------*

Ok, eu sou ansiosa demais pra ficar esperando. Espero que estejam felizes.

Quero dizer aqui também que essa fanfic, como disse, já está pronta. O recado mesmo é que ela termina quando os meninos crescerem e forem tomar de conta da própria vida.

Boa leitura. Me mimem

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Lauren

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É estranho dizer que estávamos começando a nos acostumarmos? Não que fosse menos cansativo ou que dormíssemos mais, ou mesmo que meus peitos não parecessem que fossem desistir da missão e ir embora por conta própria, mas que estávamos entrando em uma rotina.

Acordar. Trocar Fralda. Amamentar. Trocar Fralda. Dar banho. Colocar para dormir. Trocar fralda. Amamentar. Trocar fralda. Colocar para dormir. Amamentar. Trocar fralda... acho que dá para entender.

Digo, algumas vezes eu só queria fechar os olhos e que alguém levasse aqueles três estranhos para me deixar dormir por mais de uma hora seguida, mas quando eu pensava nisso, ficava com ciúmes desses branquelinhos enjoados.

Eles serem lindos desculpava qualquer inconveniente?

Me balancei de um lado ao outro com Daniel nos braços. Ele já dormia, mas eu estava ocupada vendo Camila fazer um balanço sobre coisas que precisávamos repor em casa.

- Sim, acabou a manteiga, a farinha e o feijão também - ela acrescentou a uma lista que eu não fazia ideia de que seria tão grande - e vamos precisar de mais tomate se quisermos evitar o mercado semana que vem... digo, que eu vá ao mercado...

- Eu poderia ir, sabia?

Camila me encarou e pousou a mão na cintura.

- Lauren, você não larga os bebês por nada nessa vida - ela disse com uma enorme certeza que parecia até que eu tinha dito isso um punhado de vezes.

Eu não precisava falar. Era Camila e ela sempre sabia me ler por inteira.

- Isso não é um problema, você sabe - ela acrescentou com um sorrisinho - não tenho problemas em ir ao mercado exatamente, só não quero te deixar sozinha tendo que lidar com as coisas sem ajuda. Você ainda está de resguardo. Fazemos o que deve ser feito.

Senti meus lábios formarem um sorriso.

- Fazemos o que deve ser feito - repeti, assentindo de leve - Eu sei, mas vou ficar bem. Eles agora estão quietinhos, então acho que é a melhor hora para ir.

Camila sorriu.

- Mas claro, o manhoso está no colo!

Acenei afirmativamente com a cabeça. Era sobre isso, e por mais que eles estivessem ficando redondos depois de uma perda de peso básica, era melhor deixar no colo do que chorando por aí. 

Eles se davam bem, mas tinha hora que pareciam irritados uns com os outros. Em alguns momentos gostavam de ficar juntinhos, outra hora ficavam revoltados por voltarem a dividir espaço.

Seriam irmãos implicantes.

Camila terminou de preencher a lista com tudo o que faltava, incluindo montes de fraldas para os três e fechando com limões - digo isso porque a ouvi murmurar um "não posso esquecer dos limões!

Parecia importante.

Ela se voltou para mim e beijou meus lábios com ternura. A impedi de bagunçar o cabelo do bebê para não acordar o danadinho.

- Boba - falamos ao mesmo tempo e coramos porque éramos assim mesmo.

- Volto tão rápido que não vai nem perceber que saí - Camila prometeu.

Sorri para ela.

- Já está voltando? - brinquei e ela riu, dando um tchauzinho antes de murmurar um:

- Quase voltando. Eu te amo.

Suspirei quando ela saiu. De vez em quando éramos um casal meloso. Tínhamos esse direito, uma vez que possuíamos mil e uma facetas.

Sentei com o bebê nos braços, mas foi só isso acontecer que ele arregalou os olhos.

- Você não vai chorar, não é? - perguntei a ele, que começou seu choro com tossidinhas manhosas - cara, você não espera que eu fique em pé com você nos braços dia e noite, ou sim? Porque você tem mais dois irmãos e as pernas e braços da mamãe aqui cansam. Também preciso dormir.

Ele não se importou, é claro.

Levantei e voltei a me balançar com ele. Para meu azar, ele tinha começado a chorar justamente na hora que um dos outros decidiu acordar também. Eles estavam pegando essa mania de ficar acordados.

Sou uma mãe ruim por gostar de quando meus filhos estão dormindo? É só quando estou cansada e eles estão chorando sequencialmente, juro! Eu amo meus filhos, mas isso não quer dizer que eu não enlouqueça quando todos estão querendo atenção ao mesmo tempo.

- Vocês nem querem mamar que eu sei! - resmunguei - acho que vou dar um banho para ver se relaxam... o que acha?

Ele não respondeu. Cansada, não consegui me lembrar muito bem quem era o bebê que segurava até ler na pulseira que era Daniel. Ele não gostava de banho, mas gostava de como se sentia depois da tortura.

Ainda não tinha dado banho nos três sozinha, mas ali estava o momento.

Começaria pelo mais difícil. Coloquei a banheira no quarto e os bebês juntos para que pudessem me ver e saber que estava perto, além de ser mais prático.

Daniel berrou durante todo o processo. Nenhuma técnica que tentamos para acalmar ele e ser um momento mais fácil e tranquilo funcionou até ali. Conversas, carinho, jeito diferente de fazer... ele odiava tirar a sujeira do couro.

Não encontrei roupas verdes, então peguei uma amarela mesmo e o vesti. Depois disso ele se acalmou com facilidade e cochilou.

Passei para o próximo. Oliver gostava um pouco mais de água, mas detestava quando o frio batia nos países baixos, então tinha que ter uma manobra diferente. Ele relaxou quando coloquei sua fralda e peguei uma roupa amarela ao não encontrar uma azul.

O deixei rapidinho ao lado do irmão e já peguei o outro no embalo, ansiosa para que todos estivessem banhados e felizes.

Thomas era daquele jeito. Percebeu que estava banhando, fechou os olhos e foi dormir. Estava molinho quando terminei e para não o acordar na demora de vestir puxei a roupinha que tinha pegado aleatoriamente.

O coloquei com os outros. Eles ficaram juntinhos, bem grudados como deviam ter passado os nove meses antes de nascerem. Aproveitei que eles estavam na paz e tirei uma foto.

Vi as horas. Infelizmente não teria muito tempo. Não dava nem para dormir. Eu queria que eles aceitassem mamar em outro horário, mas os três eram insistentes sobre isso e logo Oliver despertaria.

Resolvi tomar meu banho e fiz isso rápido já pra não ter que sair correndo se alguém acordasse. Me recostei na cama e puxei um livro muito interessante sobre um casal gay, fadas e lobos. Elas eram fofas e pareciam Camila e eu.

Bocejei. Meus olhos pesaram e os apertei fechados por um segundo para descansar as vistas. Borboletas começaram a fazer balé na minha mente. Eu tinha dormido?

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Soninho bom, hein?

Nossas meninas estão arrasando como mamães ou não?

Até a próxima!

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora