Vinte e Sete - Pipi

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*------------- quadro de avisos -------------*

Eu amo vocês, gente.

Vamos ao capítulo dos nossos cinco crescidinhos, contando com as mamães.

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Camila

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Nós preparamos três peniquinhos muito maneiros. Tínhamos notado que os garotos, ao menos alguns, estavam incomodados com as fraldas e achamos que estava na hora. Bom, de acordo com nossas mães, estava mais que na hora e estávamos era com preguiça de trabalhar nisso, mas nós não nos importamos realmente porque até ali, nenhum dos três tinha demonstrado estar pronto para nos livrar das fraldas.

Resolvemos ensinar eles três a fazer xixi sentados, facilitaria nossa vida e a deles. Os três estavam encarando aqueles três penicos com uma cara entre curiosa e desconfiada.

- Então é isso - Lauren começou - nós vamos tirar as fraldinhas de vocês e aprender a usar o penico.

- Vão começar a fazer xixi como gente de verdade - anunciei feliz da vida.

- Gente de verdade? - Daniel perguntou, confuso e não aprovando minha escolha de palavras.

- Sim, quer dizer gente grande. Porque vocês não são mais bebês - expliquei e ele fez bico.

Daniel era contra tirar a fralda, assim como era contra qualquer movimentação de limpeza que fizéssemos sobre ele.

- Eu sou um menino grande! - Oliver exclamou, feliz da vida por ser tratado como gente.

- Eu não! - Thomas cruzou os braços de mal jeito e fez bico.

- Ué, e você quer ser um bebê para sempre? - Perguntei a ele.

- Sim! - Daniel quase gritou.

- Não! - Thomas discordou - eu não sou um bebê!

- Se você não é um bebê, nem é um menino grande, o que você é então? - perguntei a ele, honestamente curiosa com o que se passava em sua mentezinha de doido.

- Eu sou o Incrível Hulk! - Ele flexionou seus músculos imaginários e grunhiu.

Contive um riso. A peste era adorável.

- Está mentido! - Daniel não se conteve como eu.

- Não estou!

- Está sim! - ele insistiu.

- Ei, garotos! - chamei a atenção antes que brigassem.

- Se seu irmão diz que é o Incrível Hulk, então ele é - Lauren defendeu o caçula - todo mundo nessa casa tem a liberdade de ser qualquer coisa que quiser, desde que não cometa nenhum crime nem faça filho em ninguém antes de saírem de casa e concluírem os estudos, mas isso vai ser tratado mais futuramente.

Oliver riu, achando muita graça sobre a restrição de não cometer um crime e ter filho na adolescência. Deveríamos nos preocupar com isso?

- Então... Então... então eu sou a Moana! - Daniel disse, os olhos e os dentes brilhando em nossa direção em busca de aprovação.

- Muito bem então, Moana - baguncei seu cabelo e ele tentou impedir - e você, garoto?

Oliver fez uma careta quando me voltei para ele.

- Eu sou o Oli! - foi o que disse.

Claro que era... criança sem imaginação ou apenas querendo ser o diferente como sempre.

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora