Seis - Pareceu dar tudo certo, então chegou no final

1.4K 189 27
                                    

*--------- quadro de avisos ----------*

Olá! Como estão?

Atualizando agora porque meu cachorro está deitado com a cabeça em meu colo e pelo jeito o meu almoço vai atrasar.

Também estou feliz pela recepção da história. Obrigada pelo carinho por essas malucas.

Vamos ao capítulo com nossas mamães.

*------------------------------*

Camila

.

Choro de bebê.

Se você quer saber ao que se resume a vida de uma família com recém-nascido, essa é a palavra chave.

Era três da manhã, boatos que esse era o horário em que as coisas acontecem, e se quer saber, cheguei a conclusão de que era mesmo, porque bebês gostam de acordar nesse horário para chorar por um lanchinho da madrugada.

Eu estava aos frangalhos quando despertei com o barulho de choro estridente e sequer consegui me mover por um longo tempo, a privação de sono dos últimos cinco dias, contando os dois que passamos na maternidade, me deixando paralisada sobre a cama.

Não demorou para Lauren gemer de cansaço, indicando que havia despertado, se espreguiçar e se sentar, pronta para levantar. Segurei seu braço.

- Eu pego ele - lhe disse - só me dê um segundo para minha alma voltar ao corpo.

- Pode ficar, Camz. Deve estar exausta e dessa vez é apenas um deles.

Sentei antes que Lauren se levantasse. Era teimosa como uma mula, para conter a maluca só indo fazer as coisas primeiro que ela.

- Não mais que você - disse a ela, deixando um beijo em sua bochecha e saindo da cama.

Como o choro era apenas de um bebê, soube imediatamente que quem havia acordado era Daniel, porque Oliver tinha o sono mais pesado e só acordava se Daniel e Thomas estivessem chorando, enquanto Daniel acordava com quem quer que estivesse chorando e Thomas não se importasse com o choro de ninguém.

Inabalável. Só se importava com ele mesmo.

Cheguei ao berço e confirmei que era o bebê verde, olhando também na pulseirinha só para confirmar, porque quando se têm três crianças pode ser que você esqueça ou confunda um pouco as coisas. Peguei Daniel e o levei para Lauren, que estava sentada na cama, recostada sobre um monte de travesseiros enquanto massageava o peito da vez para Daniel com lágrimas nos olhos.

Seus mamilos estavam sofrendo. Os bebês mamavam mais ou menos de três em três horas na livre demanda, alternadamente, o que queria dizer que Lauren estava amamentando quase de hora em hora. 

Esqueça o tempo para dormir. Esqueça o tempo para comer. Esqueça a hora do banho e das necessidades básicas.

A sorte era que eu, como escritora, trabalhava em casa do jeito que podia e quando podia, então todos os meus atuais esforços eram para dar a Lauren algum conforto enquanto ela dormia e eu cuidava dos meninos e da casa.

Na verdade, mal sobrava tempo para cuidar da casa além de fazer as refeições e lavar a louça. Eu também era humana e merecia dormir o que não estava dormindo a noite.

Estávamos virando zumbis como nossos corpos consumindo nossos próprios cérebros. Era um estado em que os bebês provavelmente estavam chorando só pelo susto ao olhar nossas caras. E acho que vou dizer isso mil vezes ainda.

A última vez que tive tempo para pentear os cabelos foi antes da vinda deles para casa e eu sabia que com Lauren não era muito diferente.

Ninguém disse que seria fácil, não é mesmo?

Observei Lauren tombar a cabeça para trás com um suspiro penoso e exausto. Sentei ao seu lado e beijei seu rosto novamente para confortá-la, a vendo abrir um pequeno e cansado sorriso.

Me voltei para Daniel, que mamava como se fosse a última coisa que iria fazer na vida. Quis mexer com ele para ver a expressão irritadinha em seu rosto que sempre fazia, mas temi que ele acabasse machucando Lauren e só observei.

Em geral, Oliver era mais bravo e Daniel mais fofinho, mas quando se tratava de comida, Daniel se irritava mais fácil. Thomas era simplesmente calmo. Era como ver as personalidades de Lauren em corpos separados, e olha que eles não tinham nem uma semana de vida.

Suspirei.

- Estamos acabadas - murmurei e Lauren assentiu - você deveria tirar leite, assim pode dormir quando Oliver acordar e eu dou o leite dele no copinho.

- Quando Oliver acordar eu com toda certeza vou acordar, além de Daniel que vai acordar de novo, então uma vai ter que dar o leite enquanto a outra acalma ele. Não faz sentido tirar leite.

- Mas dá uma folga para os seus seios - insisti - você passa o dia e a noite toda amamentando, Lern. Precisa de descanso.

- Eu sei... - ela sibilou - logo os bebês vão ficar maiores e vão mamar em um intervalo maior também.

- Até lá você não pode ficar tanto tempo sem dormir. Você está perdendo peso mais rápido do que pensávamos, seu rosto está ficando fino e você está ainda mais pálida do que já é. Precisa viver um pouco. Precisa dormir. Tire leite, sim? Eu cuido do que teria que fazer e você dorme. Em compensação, quando estiver de dia, eu durmo um pouco enquanto você estiver amamentando de novo. Fica equilibrado.

Lauren ficou em silêncio, provavelmente considerando o que eu estava falando.

- Eu estou exausta! - confessou.

- Eu sei, amor...

- E meus seios estão me matando - admitiu.

- Precisa de uma folga.

Ela assentiu.

- Traz a bombinha - pediu - Oliver deve ser o próximo a querer mamar, então Daniel vai acordar também...

Suspirei.

- Certo, mas e se deixarmos o Dan aqui? - perguntei - ele fica mais calmo por estar perto, então amamento Oli e o silêncio reina até Thomas acordar.

Lauren ficou em silêncio, ponderando.

- Tudo bem - concordou.

Peguei a bombinha para ela e saí para checar a fralda dos outros dois com todo o cuidado possível. Pedia licença mesmo que eles não ouvissem e tentava ser muito breve. Havíamos aprendido que trocar eles antes de acordarem prolongava nossos minutos de sono um pouco mais e diminuía o próprio incômodo que fazia eles acordarem. Algumas vezes alguém acordava durante o processo, outras não. Dessa vez tive sorte do sono ter vencido, o que foi legal, já que Oliver era mesmo bravo.

No fim, nosso plano deu certo. Daniel se acalmou rápido ao sentir Lauren perto e eles dormiram mais um pouco. Quando foi com Thomas, precisamos agir nós duas porque aí eram os três chorando, mas depois disso pude dormir já que Lauren estava mais disposta, apenas Daniel chorando novamente em sua vez.

Concluí que era o melhor esquema que poderíamos fazer para sobrevivermos ao cansaço. Depois de meu sono acordei com dois bebês chorando, Lauren me chamando para que a ajudasse e, claro, fui na mesma hora.

Ele pegou o bebê que mamaria e eu o outro, no caso, Daniel, já que Thomas não estava nem aí para nada nem ninguém.

Ele já estava se acalmando quando alguém bateu na porta. Phabullo devia estar impaciente. Girei os olhos e desci com Daniel, já que Lauren estava ocupada amamentando.

Abri a porta. Fodeu.

*
*
*
Vem aí.....

Como estamos?

Quem será que chegou? Façam suas apostas!

Até a próxima, queridos. Assim que todos, ou a maioria tiver aparecido aqui.

Abraços!

Um, Dois, Três!Onde histórias criam vida. Descubra agora