|06| Love Dive

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Alguns dias se passaram e o medo de Jisung parecia menor - com os cadáveres bons -, ele simplesmente começou a realizar os últimos pedidos das almas antes delas atravessarem o riacho.

O que é claro, fez ele perder tempo já que estava fazendo um trabalho que não era necessário.

Fala sério, Jisung acha que é amigo dos espíritos?

Quando acharmos uma alma corrompida vou deixar para ele se livrar dela, até agora o garoto não teve coragem de chegar perto, acredito que seja uma boa chance pra se acostumar.

Embora eu tenha dito que ele não precisaria lidar com as ruins.

Bom, fazer o que né. 

Estava esperando do lado de fora da sua faculdade quando o amigo de Jisung ao qual não me lembro o nome, chegou perto de mim.

— Licença, foi você que sentou perto do Sung há uns dias atrás, não foi?

Olho de relance para ele e afirmo com a cabeça.

— Como conheceu ele? 

— Não interessa. - respondo rispidamente.

— Interessa sim! - o loiro fica de frente para mim. — Não sei o que quer com ele, mas não vou deixar que faça nada de ruim.

Rio da coragem dele. Ou talvez seja estupidez? O encaro de cara fechada e ele engole seco, pigarreando.

— Por acaso é namorado dele? - pergunto.

— O-o quê? Claro que não! - exclama balançando as mãos. — Ele é só meu amigo.

— Então não há com o que se preocupar… - franzo o cenho, tentando lembrar seu nome.

— Felix. - ele suspira. — E tenho sim que me preocupar, Sung já é muito maltratado aqui. Não vou deixar mais ninguém machucar ele. 

— Escuta aqui, Felix. - vou me aproximando e o encarando medonhamente. — Não mexa com pessoas que não conhece, foque na sua vida patética e saia do meu caminho.

Ele fica calado e posso perceber seu olhar vacilar.

— Tá tudo bem aqui? - Jisung questiona cauteloso. — Lix, já conheceu minha chefe pelo jeito.

Ele sorri e Felix arregala os olhos.

— Sua chefe? - o outro confirma e Felix endireita a postura, se curvando para mim. — Por favor, me desculpe! Acho que sou muito protetor com Jisung e acabei passando dos limites, julgando você precipitadamente.

— Sem problemas, - sorrio falsamente. — mas fique fora de meus assuntos. Estamos entendidos?

Não espero que ele responda e saio enquanto falo:

— Vamos, Han. Temos muito o que fazer hoje.

Entro em meu carro junto de Han e parto em direção da sua casa.

— Uau, mudou de carro. - ele diz fascinado. — Por quê?

— Enjoei do outro. - digo simplista e vejo sua expressão de incrédulo. — Faremos uma viagem hoje.

— O quê?! - exclama. — Não posso, tenho aula amanhã e ainda tenho a entrega de um trabalho super importante que nem terminei ainda.

— Iremos voltar de madrugada, dá tempo de ir pra faculdade. - estaciono de frente a sua casa. — Aliás, quem mandou ser idiota e não terminar logo?

— Ei, eu não tive tempo com tantos empregos e tantas tarefas da faculdade. - fala indignado. — Sem contar que agora vem vários fantasmas e ficam sussurrando no meu ouvido, não consigo me concentrar.

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora