Minhas malas estavam prontas, o casamento seria realizado no palácio. E isso me deixava muito mais nervosa do que eu imaginava, mas Han foi extremamente gentil comigo.
Ele conseguiu que minha família participasse, as coisas no palácio eram muito burocráticas então deve ter sido difícil essa aprovação.
Jisung também me permitiu levar Jang para continuar cuidando de mim, disse que por muitas vezes eu ficaria solitária no palácio já que sentiria falta de casa e dos meus parentes, sem contar que ele era muito atarefado por lá.
A vida no palácio não deve ser fácil.
Minha família prometeu continuar cuidando das pessoas que iam à casa de madeira, e isso me deixou extremamente aliviada.
Também percebi que os dois homens que estavam juntos conosco no festival - aos quais não me recordo o rosto nem o nome -, trabalham no palácio.
Parece que um era guarda real do próprio príncipe e o outro um eunuco que também o servia.
O casamento real ocorreu bem, foi uma linda cerimônia e Jisung fez de tudo pra nos deixar confortáveis, também usei finalmente o lindo grampo de cabelo que ele havia me dado. Conheci o rei e a rainha, a mulher foi muito adorável comigo, já o homem, era tão ocupado que não deu tempo de sequer conhecê-lo bem.
Minha vida mudou drasticamente a partir do momento em que pisei nesse lugar. Todos os dias eu tinha pelo menos dez mulheres que me seguiam pra todo lugar que eu ia, incluindo Jang.
Também tenho uma parte do palácio que é só pra mim, os aposentos da princesa.
Era um tanto quanto solitário lá, mas uma vez por semana eu me encontrava com Jisung no Pavilhão Hyangwon. É claro que íamos escondidos à noite, caso contrário, nunca poderíamos nos encontrar a sós.
— Como se sente estando aqui há dois meses? - Jisung pergunta enquanto acariciava minha mão. — Tenho medo que se sinta sozinha, me desculpe por não poder ficar mais tempo com você.
— Não se preocupe. - respondo sorrindo. — Fico feliz por esses momentos que passamos juntos.
Apesar de sorrir, Han ainda parecia preocupado.
— Tá tudo bem, Jisung?
— Não muito. - ele suspira e me olha. — Posso te contar uma coisa sigilosa? Sinto que se não falar com ninguém sobre isso, vou enlouquecer.
— Pode me dizer o que quiser, irei guardar segredo.
— Meu pai, quer dizer, o rei está doente. - fico paralisada ao ouvi-lo. — É uma gripe que ainda é inofensiva, mas vai piorar ao passar os anos… até se tornar mortal.
— Meu amor… - chego mais perto dele e o abraço, apesar dele ser distante do pai, sei o quanto o ama. — eu sinto muito.
Fiquei ao seu lado pelo tempo que Jisung quisesse, mas infelizmente teríamos que voltar para os nossos aposentos. Assim como ele disse que entrava por uma passagem escondida nos fundos de seu quarto, eu também fiz o mesmo pelo meu.
Dois anos se passaram desde então.
Jang me servia chá enquanto eu lia um livro qualquer, o rei estava cada vez pior e a corte real já se preparava para uma possível coroação do príncipe herdeiro.
— Alteza. - Jang me chama e eu fecho o livro, a olhando. — Não sei como dizer isso…
— Aconteceu algo? - questiono vendo que ela parecia incomodada.
— Surgiram alguns boatos na capital que chegaram aqui no palácio. - ela diz baixo e eu ergo as sobrancelhas.
— Quais boatos, Jang?
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...