|22| Love poem

1.2K 218 115
                                    

Permaneço parada e quieta pelo choque que suas palavras me causaram. Minha respiração descompassada e meu coração acelerado me avisavam que eu estava com problemas.

— D-desculpe ter falado assim do nada. - Jisung diz envergonhado. — Eu não devia ter falado isso, eu não devia ter falado isso…

Han ficava repetindo a mesma frase um milhão de vezes e eu tentava lembrar como se respirava.

— Han cale a boca não consigo pensar! - exclamo quase desesperada e ele aquieta. 

— D-desculpe. - ele pede novamente e levanta, ficando de costas pra mim. — Não disse isso esperando uma resposta… só quero que saiba disso.

Assisto com a cabeça enquanto ele continuava murmurando "eu não devia ter falado isso".

— Você é minha chefe, o que eu fiz? - Han agora estava segurando fortemente seu cabelo a ponto de quase arrancá-los.

Seguro suas mãos e as tiro antes que ele se machucasse.

— Está arrependido? - pergunto seriamente enquanto seus olhos que aparentavam inocência me encaravam. — Se estiver, posso fingir nunca ter ouvido isso. Pense be-

— Não! - exclama, mas logo fica envergonhado. — Não quero que faça isso…

— Então estamos resolvidos. - levanto e ele parecia perdido. — Disse que não precisava de uma resposta, né? Eu não tenho uma pra te dar agora, espero que entenda.

— Eu entendo. - ele se levanta ficando de frente pra mim.

O encaro rapidamente e quando dou o primeiro passo pra sair dali, Han fala:

— Mas, - ele respira fundo tomando coragem. — eu vou me esforçar pra algum dia você me dar uma resposta positiva. - Jisung fala rápido.

Ergo as sobrancelhas sem deixar de pensar que ele deve ter reunido toda a coragem que tem, e olha que não deve ser muita.

 — Estarei esperando.

Respondo por impulso e fico surpresa comigo mesma. Eu realmente falei isso? Jisung tem a mesma reação que eu, mas ao final sorri.

Por que não o rejeitei? Estarei esperando? É o mesmo que dar esperanças, e isso nunca irá acontecer. Fico extremamente confusa e me recuso a aceitar que não tenha sido um momento de delírio meu.

— Droga! - Jisung arregala os olhos. — Esqueci completamente!

— O que aconteceu?

— Meu professor mandou a sala visitar o palácio até amanhã.

— E quando foi que ele mandou fazer isso?

Jisung dá um sorriso desleixado e responde:

— Há uma semana atrás.

Mas é burro mesmo.

— Boa sorte com isso. 

Saio andando e Han vem atrás de mim, segurando a manga de minha blusa. Ergo a sobrancelha enquanto o olho e ele pigarreia.

— Quer ir comigo? 

Rio soprado. Nem morta eu voltaria naquele palácio.

— Não.

— Ah, então chamarei o Minho.

Jisung continua caminhando e eu o puxo novamente pelo capuz, fazendo-o recuar alguns passos.

— Eu falei pra não ficar perto dele.

— Na verdade só falou pra eu não tirar esse relógio do pulso. - diz mostrando o objeto. — E eu estou obedecendo, mas nunca me disse pra me afastar dele.

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora