Jang grita e cai atrás de mim, não consigo raciocinar direito porque estava em choque, sem acreditar naquilo que eu estava vendo.
— O-o que é isso? - consigo dizer com muita dificuldade, não podia sequer respirar.
— Você chegou atrasada, - Han fala e vejo seus olhos opacos. Não parecia mais a mesma pessoa que eu amava. — então tive que matá-los antes que chegasse, estavam tentando resistir.
— Como pode dizer isso de forma tão fria? - pergunto tremendo, sinto as lágrimas se formarem. — Mãe, pai!
Dou alguns passos tentando chegar neles, mas o guarda coloca a espada em meu pescoço, me impedindo de continuar.
— Não dê mais um passo. - ele fala seriamente. — Gostaria que visse o resto de sua família morrer antes de você.
Meu coração se parte ao ouvir tamanha barbaridade vindo da pessoa que eu amo, como ele pôde fazer algo tão cruel assim?
Como eu pude acreditar nas palavras dele?
— Minho. - Han chama o guarda. — Pegue a escrava.
O guarda sai de perto de mim e eu corro, me colocando à frente de Jang. Mas não adianta já que ele me empurra, me fazendo cair.
Jang se debatia e ele a arrasta ao lado de Jisung.
— Por favor, Jisung. - suplico chorando no chão.
Ele se aproxima de mim e de Jang, me olha profundamente como se me odiasse mais que tudo em sua vida.
E então cospe em mim e com um olhar enojado, diz:
— Nunca mais ouse chamar meu nome com essa sua boca nojenta, é repugnante. - ele encara o outro que segurava Jang. — Mate.
A espada é passada de maneira brutal no pescoço dela, fazendo-a cair com tudo no chão.
Finco minhas unhas na terra e grito, Jisung se agacha e agarra o coque do meu cabelo, fazendo-me olhar para ele.
— Não achou que eu deixaria estragar minha coroação, não é? - ele falava tudo tão friamente, nunca havia sentido tanto medo antes. — Não há como eu deixar você e sua família viva, não quero pessoas amaldiçoadas iguais a vocês no meu palácio. Você entende, certo?
Ele parecia um psicopata, parecia estar gostando de tudo o que fazia.
Jisung puxa o grampo de meu cabelo e ao ser solta, sinto um alívio por conta da dor do puxão dele.
Han encara o grampo e ri alto, jogando-o no chão. E então agarra novamente meu cabelo, me levantando enquanto o puxava.
Estremeço de dor e ele me arrasta até na frente dos meus pais, que estavam de joelhos e com muito medo pra sequer tentar algo.
— Quero que assista de perto o fim da sua linhagem nojenta. - ele se vira novamente para o guarda. — Pegue o grampo, vai ser mais divertido assim.
O guarda o obedece e numa fração de segundos o grampo é enfiado no coração de meu pai e em seguida em minha mãe, que soltam um grito estridente.
Grito também sem conseguir respirar, eu choro tanto que parecia nunca ter fim. Choro de raiva, de ódio, de tristeza… choro por ter perdido tudo o que me fazia feliz.
— Você tirou tudo de mim. - digo baixo, sem coragem pra sequer levantar dali. — Por quê? Você nunca me amou?
Vejo seu olhar vacilar e por um único segundo consigo enxergar aquele Jisung que havia encontrado pela primeira vez.
— Não posso deixar que estrague o nome da família real. Você é uma aberração, uma pessoa que sequer podia ter pisado no palácio.
Enquanto ele jogava na minha cara o quanto me achava desprezível, eu apenas podia me sentir a pior pessoa do mundo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...