|07| Tomboy

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Chegando no hotel, Jisung já estava animado e chocado com o lugar.

— Um hotel cinco estrelas? - desce do carro. — Nem se eu tivesse outra vida poderia pisar aqui.

— Pois então aproveite. - digo ainda dentro do carro. — Vá entrando e pegue as malas Han, vou levar o carro pra um funcionário estacionar.

Saio de lá e vou um pouco mais pra frente, desço e entrego a chave para o empregado.

Volto para a entrada do hotel e sinto aquela sensação familiar sempre quando chego a Jeju.

Ela já sabe que eu cheguei aqui. Bom, mais tarde irei vê-la.

Entro no prédio e escuto um burburinho, parecia uma discussão. Me aproximo do barulho e vejo um segurança sendo rude e brigando com alguém.

Passo meus olhos pelo hall de entrada e não encontro Han, agora o segurança levantava sua voz e segurava o braço da outra pessoa com força.

Finalmente foco na pessoa e percebo que era Jisung. 

Sigo em passos firmes e o barulho do meu salto ecoava pelo grande hall de entrada, chego perto deles e elevo minha voz rudemente:

— O que pensa que está fazendo com ele? - o olhar dos dois se voltam a mim e eu encaro o segurança ameaçadoramente. — Solte-o agora antes que eu te mate.

Agora o gerente estava vindo em nossa direção e eu puxo Jisung para o meu lado.

— Senhorita Yurim? - o gerente Kim se curva e parecia confuso. — Aconteceu algo?

— Aconteceu que seu maldito funcionário não sabe tratar as pessoas. - digo com os dentes cerrados. — Estava destratando meu convidado, o mandando embora. Que tipo de atendimento vocês oferecem aqui? Nunca mais voltarei nesse lixo.

— Está tudo bem com o senhor? - Kim pergunta a Han, pigarreando.

— Estou bem… - Jisung murmura envergonhado e segurava a manga de meu vestido fortemente.

— Sinto muito por isso. - ele se curva para nós dois. — Vou me certificar que isso não volte a acontecer.

— É claro que vai. - respiro fundo. — Vamos Han, iremos pra outro hotel.

— Senhorita Yurim! - ele me chama e eu me viro.

— Não espere que eu volte aqui algum dia. - puxo minha mala e coloco a mochila de Jisung nas costas, o arrastando pra fora.

Pego novamente o carro, colocando as malas no banco de trás e abro a porta pro garoto entrar.

— Vamos, não tenho o dia todo. - aviso e ele entra, fecho a porta e vou pro banco do motorista dando partida.

Dirijo por uns dez minutos e Jisung resolve falar:

— Obrigado por aquilo, - sua voz sai baixa. — mas não precisava ter ido embora do hotel, eles devem te tratar bem lá.

— Queria o quê? Que eu te largasse na rua e ficasse no hotel enquanto isso? - rio e o olho brevemente. — Você não tem que deixar ninguém te tratar mal, independente se for rico ou pobre.

— Eu sei, - ri soprado. — mas eu já tô acostumado com isso.

— Pois se desacostume. 

Han sorri e se encosta no banco, em pouco tempo chegamos em outro hotel tão bom quanto aquele.

Pegamos as chaves dos quartos e fomos no elevador, subindo até o vigésimo andar.

— Qualquer coisa é só bater na minha porta. - entro no meu quarto que era ao lado do dele.

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora