Estar no reino divino sempre me causou desgosto e dessa vez não foi diferente.
Changbin como sempre estava sentado em seu trono com Bang Chan ao seu lado, é claro. Seungmin permanecia perto de mim e eu me perguntava loucamente o que ele queria agora.
— Como vai, Yurim? - o rei pergunta.
— Poderia estar melhor. - respondo suspirando. — Por que me chamou?
— É um tanto quanto complicado… - ele cruza as pernas. — Primeiramente, como está Jisung? Fiquei sabendo por Seungmin sobre uma pessoa suspeita ao redor de vocês dois.
— Ele tá a mesma coisa de sempre. - digo simplista. — Eu ainda vou investigar o garoto, começarei a procurar por ele.
— É bom ser rápida, a vida do Jisung pode depender disso.
Reviro os olhos, já faço tudo o que está ao meu alcance e ele ainda me cobra mais e mais.
— Sim, alteza. - murmuro debochando.
— Bom, - o rei ignora meu comentário. — há um tempo atrás pedi pra Seungmin procurar alguns objetos divinos que precisaríamos…
Changbin espera que o mensageiro prossiga falando.
— Me perdoe alteza, - o outro se curva. — mas não encontrei o mais importante ainda.
— É realmente difícil de achar, talvez Yuna possa te ajudar com isso. Soube que ela tinha um objeto extremamente valioso.
Ele me encara e eu olho acusatória para Seungmin, que parecia confuso.
— Não contei nada, eu juro. - a cadela sussurra para mim.
— A própria Yuna me falou sobre o isqueiro, não seja tão dura com Seungmin. - Changbin sorri. — O que você fará ou não com isso não é de meu interesse agora. Pode entregar a ela?
Aquela desgraçada. Não se pode confiar em nenhuma divindade, que ódio.
Seungmin tira do bolso meu grampo de cabelo e eu fico sem entender como foi parar com ele.
— Virou ladrão? - pego bruscamente o grampo. — Se levou pelo menos podia ter dado um fim a isto.
— Tive que levar ele, - o mensageiro explica. — peguei da sua bolsa quando estávamos no Bang Chan.
— E então? Fez o que com ele? - analiso o grampo.
— Agora você tem uma mínima chance de fazer cócegas no Kud. - o encaro torto. — Quero dizer que se por acaso o encontrar e conseguir apunhalá-lo com isso, ele ficará paralisado por poucos segundos e ao mesmo tempo Bang Chan saberá sua localização.
— Não se preocupe, irei te salvar. - a divindade do bem sorri e dá uma piscadela. — Sabe como é, Kud e eu temos que resolver nossas diferenças. Estamos destinados a isso, um vive, um morre.
— Nossa, que trágico. - sorrio de lado.
— Enfim, - Changbin corta o silêncio. — agora vamos pro outro assunto. Yurim, quero que saiba que o que vou dizer agora é apenas um aviso de algo que irá acontecer.
— Ou seja, - ergo a sobrancelha. — eu não tenho o direito de me intrometer nisso.
— Exatamente.
— Não me importo, quanto menos tiver que fazer é melhor pra mim. - dou de ombros.
— Já estamos procurando Kud há bastante tempo e não achamos nada sobre ele, nenhuma pista sequer. Acredito que esteja na hora de arriscarmos um pouco. - pela primeira vez em décadas vejo Changbin se levantar do trono e vir em minha direção, parando de frente comigo. — Você e Jisung tem um papel importante nessa próxima etapa, então não vai adiantar você se opor fortemente ou tentar escapar de alguma forma.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...