Agora estávamos no apartamento e o clima era o mais pesado possível. Todo mundo sentia a pressão, até Jisung que não sabia das coisas ficava acanhado.
— E Bang Chan? - pergunto quebrando o silêncio.
— Não consegui encontrar ele. - Seungmin diz.
Ótimo, quando mais precisamos a divindade some.
— Han, - o chamo e ele se vira pra mim. — acho que você deveria explicar o que aconteceu.
— C-certo. - Jisung suspira. — Hm, depois que eu sai daqui quis encontrar o Lix, mas não achei ele. Então fui até o dormitório pra conversar com o Minho, mas antes que eu sequer pudesse entrar no prédio, - ele engole seco e abaixa a cabeça. — aquela garota caiu bem na minha frente.
— Isso não vai dar certo. - Seungmin balança a cabeça e se levanta. — Tenho que ir.
— Espera! Vai nos deixar aqui sem saber o que fazer?! - o chamo ofegante.
— É exatamente por isso que vou sair. - ele responde seriamente. — Tenho que ir atrás do vaso dourado.
Agora é minha vez de engolir seco.
O momento que eu tanto fugia estava pra me alcançar sem que eu percebesse, mas não tem mais escapatória, eu me encontro num beco sem saída. E se eu não me livrar disso, algo ruim pode acontecer com Jisung.
Não é hora de me preocupar comigo mesma.
— Você não vai encontrá-lo. - aviso e o mensageiro ergue as sobrancelhas.
— O que quer dizer com isso? - ele se aproxima de mim com o semblante fechado, mas eu permaneço calada. — O que você fez?
— Eu escondi ele. - minto.
Não poderia entregar Bang Chan, ele me ajudou. E ainda por cima, a divindade poderia ser punida por isso.
Escuto Seungmin rindo e o encaro sem expressão alguma.
— Acha que acredito em você? - ele sorri de lado. — Uma ceifadora sequer pode tocar num objeto tão divino quanto aquele, seria um insulto. O vaso se destruiria em milhares de pedaços pequenos.
Me levanto dando alguns passos para trás enquanto o outro se aproximava mais.
— E então, - Seungmin coloca as mãos no bolso da calça. — está com o Bang Chan, não é? Ou talvez a Yuna? Não, a Yuna não faria isso por você.
— Se afaste de mim. - respondo sentindo meu sangue ferver.
Seungmin me olha profundamente e eu podia até pensar que checava o fundo da minha alma apenas com essa encarada.
Ele aponta para mim e seu semblante relaxa, mas seu sorriso mostrava o oposto.
— Vou encontrar Bang e o vaso, - ele dá alguns passos para trás. — até lá converse com Jisung. Não há como fugir agora.
O mensageiro me dá as costas, mas antes que saísse, digo seriamente:
— Eu não vou mais fugir, cadela. Ou então não teria te contado isso, e provavelmente você ainda estaria farejando por aí, procurando o objeto.
— Veremos. - ele encara a mulher que presenciava tudo. — Tzuyu, você vem comigo.
— Vai nos deixar aqui?
— Se algo ruim acontecer, usem o relógio e não deixem esse apartamento. Voltaremos assim que encontrarmos ele.
Não tenho tempo pra responder, Seungmin e Tzuyu já haviam desaparecido num piscar de olhos.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...