|17| Piece

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Sentados numa mesa mais afastada do restaurante, os dois comiam suas massas mas eu não.

Até perdi o apetite ao vê-la.

— Então… - Jisung fala acanhado. — são amigas?

— Não!

— Sim.

Respondemos ao mesmo tempo e a encaro brava, da onde ela tirou que somos amigas?

— Nos conhecemos há muito tempo. - Yuna sorri. — Digamos que temos uma história juntas, não é Yurim?

— Eu fazer seus serviços significa termos uma história juntas? - rio soprado.

— Ora, - ela se inclina já que estava sentada na minha frente. — mas eu te paguei.

— O que veio fazer aqui? - pergunto de uma vez só.

— Vim ver você e rever Jisung.

— Desculpe, - Han engasga e se recompõe. — nós nos conhecemos?

— Se disser algo te mato. - murmuro pra ela e dou uma garfada na massa.

— Quase isso, - ela sorri e eu dou um último olhar de aviso. — eu te conheço. Numa das suas vidas anteriores.

De canto de olho já percebo a expressão curiosa de Han. Tenho certeza que ele levaria isso a uma conversa longa.

Bato o garfo com força na mesa e me levanto.

— Calma princesa, vamos conversar.

Essa foi a gota d'água, ela sabe que odeio que me chame assim.

— Se quiser conversar comigo, sabe onde estou. - olho pro garoto que parecia nervoso. — Vamos Han, temos uma coisa pra resolver.

Ele pigarreia e levanta, deixando metade da sua comida na mesa.

Coloco algumas notas na frente da Yuna e saio do restaurante junto de Jisung.

Continuo andando pela rua e então me lembro, não trouxe meu carro.

— Aish! - reclamo bravamente. 

Não estava tão longe o abrigo, foi lá que estacionei. Mas estou tão irritada que só de pensar em andar esse caminho me faz perder a paciência.

Jisung não dizia nada, acho que percebeu o clima lá no restaurante.

Depois de alguns minutos chegamos no carro e entramos, fui dirigindo em direção a sua faculdade.

— Ahn, por que viemos aqui? - ele pergunta saindo do carro.

— Quer continuar sem teto? - tranco o carro. — Onde ficam os coordenadores dos dormitórios?

— Dormitórios? - ele fica ao meu lado enquanto andamos. — Mas Yurim, devem estar lotados.

— E daí?

— Bom, não vamos conseguir um quarto. - ele ri baixo.

— Eu consigo tudo o que quero. - falo seriamente enquanto o encaro. — Mas não me entenda mal, quis vir o mais rápido possível porque achei que seria melhor pra você se estabelecer e voltar às aulas. Pode ficar na minha casa, pelo menos mais uns três dias.

Esse é o máximo de tempo que aguentaria com ele lá. 

Han agradece e me guia por outro prédio daquela imensa universidade até que chegamos. Era um lugar grande com algumas mesas dos coordenadores que atendiam os alunos, como estava em horário de aula o lugar não tinha muitas pessoas.

Quando somos chamados me sento numa cadeira confortável e Jisung ao meu lado, o coordenador mexia em alguns papéis.

Começo a conversar com o homem mais velho e ele explica algumas regras de convivência dos dormitórios. 

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora