|27| I love you boy

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Lentamente me afasto de Jisung, que me olhava como um bobo. Ele estava com a boca entreaberta e depois de alguns segundos um pequeno sorriso surge em seus lábios.

Han falava atrapalhado algumas palavras e eu não entendia nada, tudo o que pude fazer era rir.

— T-ta rindo de mim? - pergunta envergonhado.

— Sim. - digo rindo alto. — Você parece um tomate.

— Aish. - ele resmunga mas sorri mesmo assim, pigarreando em seguida. — Essa é… sua resposta?

— Que resposta? - questiono confusa.

— Sabe, sobre aquele dia lá. - ele murmura. — Que eu falei que gosto de você.

Coço a cabeça desconcertada e penso alguns segundos.

— Sim.

Han arregala os olhos e encara o chão enquanto tentava não sorrir. Instantaneamente sou contagiada por ele e sorrio também.

Eu sei, não deveria focar nisso agora. Tem tantas coisas que me preocupam neste momento e a segurança de Jisung é uma das minhas prioridades, mas simplesmente não consigo virar as costas pra isso que estou sentindo.

Não consigo mais olhá-lo e fingir que nada acontece dentro de mim, meus sentimentos estão a ponto de enlouquecer por causa dele.

— Hein, Yurim? - Han me chama. — Tava me ouvindo? - ele ri e eu nego.

— Desculpa, Han. - rio baixo.

— Por que sempre me chama pelo meu sobrenome? - ele pergunta me pegando de surpresa.

— Bom, é mais profissional. - minto.

— Entendi… que tal me chamar pelo meu nome agora?

Han me encarava com seus olhos brilhando e eu fico sem reação. Chamá-lo pelo nome? Não sei se consigo.

Saio dos meus devaneios quando escuto Jisung surtando ao meu lado.

— Y-yurim, o que é isso?! - ele questiona com os olhos arregalados enquanto encarava sua mão, balançando-a freneticamente como se tivesse algo preso à ela. — O que tá acontecendo?! Tira isso de mim!

— Han. - o chamo algumas vezes, mas ele não escutava. — Han, olha pra mim.

Seguro fortemente seus ombros, fazendo ele parar e então o garoto tenta acalmar sua respiração.

Mas ao olhar pra minha mão, ele volta a surtar loucamente.

— O-oque é isso? - sinto meu estômago revirar.

— Han, você tá vendo? - aponto pra linha vermelha em nossos dedos.

— E-então você também vê? Eu não tô louco?

— Respira, tá tudo bem.

Não estava nada bem. Eu não contei e agora ele sabe. Ele consegue ver a linha por que nos beijamos? É a única explicação que faz sentido pra mim.

— Tem várias coisas que você não sabe, Han. - digo pesadamente. — E eu não posso te dizer. Mas eu vou te explicar o que eu já devia ter te falado antes; nós estamos conectados pela linha vermelha do destino.

Jisung começa a rir e eu franzo as sobrancelhas. Será que o que falei era tão engraçado assim?

— Qual a graça? - questiono seriamente.

— Ora, não ouviu o que disse? - ele gargalha. — Você me falou que não tinha linha nenhuma em mim, então como isso pode ser possível agora?

O encaro como se fosse louco, nunca o vi rir tanto antes. 

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora