Lentamente me afasto de Jisung, que me olhava como um bobo. Ele estava com a boca entreaberta e depois de alguns segundos um pequeno sorriso surge em seus lábios.
Han falava atrapalhado algumas palavras e eu não entendia nada, tudo o que pude fazer era rir.
— T-ta rindo de mim? - pergunta envergonhado.
— Sim. - digo rindo alto. — Você parece um tomate.
— Aish. - ele resmunga mas sorri mesmo assim, pigarreando em seguida. — Essa é… sua resposta?
— Que resposta? - questiono confusa.
— Sabe, sobre aquele dia lá. - ele murmura. — Que eu falei que gosto de você.
Coço a cabeça desconcertada e penso alguns segundos.
— Sim.
Han arregala os olhos e encara o chão enquanto tentava não sorrir. Instantaneamente sou contagiada por ele e sorrio também.
Eu sei, não deveria focar nisso agora. Tem tantas coisas que me preocupam neste momento e a segurança de Jisung é uma das minhas prioridades, mas simplesmente não consigo virar as costas pra isso que estou sentindo.
Não consigo mais olhá-lo e fingir que nada acontece dentro de mim, meus sentimentos estão a ponto de enlouquecer por causa dele.
— Hein, Yurim? - Han me chama. — Tava me ouvindo? - ele ri e eu nego.
— Desculpa, Han. - rio baixo.
— Por que sempre me chama pelo meu sobrenome? - ele pergunta me pegando de surpresa.
— Bom, é mais profissional. - minto.
— Entendi… que tal me chamar pelo meu nome agora?
Han me encarava com seus olhos brilhando e eu fico sem reação. Chamá-lo pelo nome? Não sei se consigo.
Saio dos meus devaneios quando escuto Jisung surtando ao meu lado.
— Y-yurim, o que é isso?! - ele questiona com os olhos arregalados enquanto encarava sua mão, balançando-a freneticamente como se tivesse algo preso à ela. — O que tá acontecendo?! Tira isso de mim!
— Han. - o chamo algumas vezes, mas ele não escutava. — Han, olha pra mim.
Seguro fortemente seus ombros, fazendo ele parar e então o garoto tenta acalmar sua respiração.
Mas ao olhar pra minha mão, ele volta a surtar loucamente.
— O-oque é isso? - sinto meu estômago revirar.
— Han, você tá vendo? - aponto pra linha vermelha em nossos dedos.
— E-então você também vê? Eu não tô louco?
— Respira, tá tudo bem.
Não estava nada bem. Eu não contei e agora ele sabe. Ele consegue ver a linha por que nos beijamos? É a única explicação que faz sentido pra mim.
— Tem várias coisas que você não sabe, Han. - digo pesadamente. — E eu não posso te dizer. Mas eu vou te explicar o que eu já devia ter te falado antes; nós estamos conectados pela linha vermelha do destino.
Jisung começa a rir e eu franzo as sobrancelhas. Será que o que falei era tão engraçado assim?
— Qual a graça? - questiono seriamente.
— Ora, não ouviu o que disse? - ele gargalha. — Você me falou que não tinha linha nenhuma em mim, então como isso pode ser possível agora?
O encaro como se fosse louco, nunca o vi rir tanto antes.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...