Bang Chan havia chegado no meu quarto e pediu que Seungmin ficasse com Han no outro cômodo. Sua expressão não era das melhores.
— Então, - ele se senta na cadeira da penteadeira. — Seungmin já te explicou o que aconteceu, certo?
Afirmo balançando a cabeça.
— Não sei nem por onde começar, Yurim. - ele suspira e sinto meu estômago revirar. — Primeiramente, o rei está com seu grampo até que ele consiga remover a praga ou tentar achar alguma pista nele.
— Certo. - murmuro.
— Tem mais alguma coisa estranha vindo desse grampo? - pergunta. — É só por precaução.
— Nada que ajude a achar alguma pista. A única coisa é que eu já tentei jogar ele fora, queimar, quebrar mas de algum jeito ele sempre volta pra mim inteiro.
— Isso de certo modo pode ser importante. - franzo o cenho sem entender como isso poderia ajudar. — Pense comigo, se tiver alguém por trás disso pode indicar que queria te ver sofrer. Até porque esse grampo é a causa de muitas coisas ruins.
— Tem razão, por muito tempo eu me senti atormentada por ele. Até me acostumar e pensar que é apenas mais um castigo imposto pelo destino.
— Acho que é muito pior do que isso.
— Ótimo. - respondo revirando os olhos.
— E tem como piorar.
— O que quer dizer com isso?
Bang Chan puxa a cadeira se aproximando mais de mim e sussurra:
— Acho que Seungmin desconfia de mim. Sabe, sobre o vaso dourado.
— O quê? Por quê? - questiono baixo.
— Ele já procurou por todos os lugares, até os mais difíceis de passar. E então, uns dias atrás ele veio até minha casa e começou a mandar algumas indiretas; falou que tem certeza de que alguém tá escondendo e que se não mandarem a verdade pra ele, haverá problemas.
— Aish, mas essa cadela também não facilita, né?
— Então eu queria já te avisar, converse com Jisung o mais rápido possível. Não sei até quando vou conseguir esconder isso do Seungmin.
— Será que se contarmos pra cadela ele não fica do nosso lado? - pergunto esperando que desse certo, mas Chan nega.
— Você não sabe o quão fiel ele é com o rei, nós apenas nos entregaremos facilmente.
— Mas que droga… parece que quando é pra algo dar errado, vem tudo de uma vez só pra cima da gente.
— Aconteceu mais alguma coisa?
— Han descobriu que ele tem a ver com meu passado.
— Mas isso pode ser até que bom. - Chan cruza as pernas. — Acho que vai ser mais fácil contar pra ele o que temos que fazer.
Balanço a cabeça.
— Será pior. Ele não vai aguentar, não posso deixar isso acontecer. - digo convencida.
— Sabe que não há pra onde correr, né?
— Odeio ter que viver obedecendo tudo sendo que não estou de acordo.
— Nós vamos cuidar de Jisung, não se preocupe com ele. - Chan sorri fechado. — Sei que não vai ser fácil, mas uma hora ou outra isso vai acontecer. Lembre que só escondi o vaso pra poder falar com ele antes.
— Eu sei. - suspiro. — Só me dê algum tempo.
— Claro.
Bang Chan sai do quarto me deixando sozinha, resolvo tomar um banho na esperança de que a água quente leve embora todas as minhas preocupações. Mas sei que isso não funciona.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...