|13| Future perfect

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— Do que precisa? - Seungmin questiona curioso.

— Quero saber como eu corto essa maldita linha de mim, - levanto minha mão. — e nem pense em dizer que não sabe. Você conhece praticamente tudo de objetos divinos.

— Desculpe, mas tenho que falar aquilo que você já sabe. Não tem como cortar, como disse, é algo divino dado pelo próprio rei.

— Deve ter alguma coisa que dê pra usar, pense direito. - respondo.

É claro que estava testando se Seungmin mentiria ou falaria a verdade, é praticamente impossível ele não saber nada sobre isso.

— Te fiz um favor, - digo com os dentes cerrados já que ele se mantinha calado. — se não me responder com honestidade eu te castro, cadela.

Ele suspira e se encosta na poltrona.

— Tudo bem, eu prometi e tenho que cumprir. - o mensageiro diz e eu o escuto bem. — Há um objeto que dizem que é capaz de dar um fim nisso, mas não tem evidências de que dá certo ou não.

— Como assim? Como não há evidências? 

— Bom, primeiramente que é um objeto divino e não é qualquer um que pode se apossar dele. Segundo que a linha só é posta em humanos que são destinados a ficarem juntos, ou seja, nenhum deles têm acesso a ela e nem sabem da existência da linha. E por último, é inadmissível que alguém interfira no destino posto por uma divindade… no seu caso, posto pelo próprio rei.

— E se eu conseguir algo que possa acabar com isso?

— Como o quê? - ele ergue a sobrancelha. — Por mais que exista tal coisa, é muito difícil achar.

— Bom, - pego minha bolsa e tiro de dentro o isqueiro de Yuna, colocando na mesa de centro. — eu já o tenho.

Ele arregala os olhos e pega o isqueiro, analisando pra ver se poderia ser falso.

— Como conseguiu isso?

— A Yuna me deu. - respondo puxando de sua mão e guardando de volta. — Mas tenho um problema.

— Deixa eu adivinhar… - ele sorri de lado. — Não tem certeza de que é seguro, certo?

— Exatamente isso. - falo revirando os olhos e suspiro. — Yuna disse que se eu queimar essa maldita linha, isso pode acabar  causando coisas muito ruins pra Han.

— E então? - ele espera que eu fale mais.

— E então o quê, cadela? - ergo meu tom de voz. — Quero saber se isso realmente pode acontecer.

Seungmin ri alto e me encara com os olhos brilhando, parecia estar se divertindo às minhas custas.

Quando ele para e respira, recuperando o ar, eu já estava quase voando nele e o enforcando. Até que ele questiona:

— E então Yurim… Por que não o fez ainda? - o mensageiro se escora no apoio da poltrona, chegando mais perto de mim. — Está com medo que Jisung sofra mais? Logo você que tem um ódio tão grande por ele? Me diga Yurim, por que hesita tanto?

Sinto meu rosto se fechar e aperto os punhos fortemente, com raiva de escutá-lo zombando de mim.

— Sabe que seu rei não aprovaria isso. - digo tentando controlar o ódio que estava sentindo.

— Meu rei? - ele balança a cabeça. — Desde quando o obedece tão fielmente? Na verdade, acho que o único motivo de não fazer isso é que ainda se afeiçoa por ele e não tem coragem para exercer tal ato.

Essa foi a gota d'água.

No mesmo segundo em que ele termina a frase, vou pra cima dele e o prendo contra a poltrona, segurando seu pescoço fortemente.

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora