O barulho dos trovões ecoaram fortemente e me desvencilho dos braços de Han. Por que de repente senti calafrios? É como se algo ruim estivesse prestes a acontecer.
— Seungmin, leve o Han pro apartamento. - peço e ele assente.
— Posso ir? - Felix pergunta olhando preocupado pro amigo.
— Acho melhor você ir pra casa, tenho que conversar com o Han. - ele entende apesar de querer ir com a gente.
— A Tzuyu vai levar o Jisung, - Seungmin diz. — vou te ajudar por aqui.
— Não! - Jisung exclama, mas logo abaixa o tom de voz envergonhado. — Posso esperar no dormitório e depois vamos juntos.
Esperar no dormitório? Com o Minho?
— Não. - respondo sem pensar duas vezes.
— Posso ficar lá com ele se quiser. - Tzuyu oferece e eu a encaro com sangue nos olhos.
— Você o quê? - dou alguns passos me aproximando dela, mas Seungmin entra no meio.
— Sério, Jisung acabou de ser acusado de assassinato pelos alunos e nós estamos perdendo tempo com quem cuida de quem? - o mensageiro suspira. — Tive que arrastá-lo pra fora da roda.
— Como assim acusado de assassinato? - questiono arregalando os olhos.
— Os alunos na roda. - Minho pigarreia. — Eles estavam… hm, falando coisas sem sentido.
— Coisas cruéis. - Felix complementa.
Agora é minha vez de engolir seco. Eu já podia imaginar quais comentários eram esses, mas queria estar enganada.
— Jisung vai explicar isso pra nós depois. - Seungmin coloca as mãos no bolso da frente da calça. — Primeiro Felix e Minho vão pra casa, não há nada que possam fazer aqui.
— Me desculpem, - Minho intervém. — nós dois realmente não podemos fazer nada. Mas vocês podem? Quer dizer, são policiais?
Cada vez que ele abre a boca, acabo gostando menos ainda dele.
— Vamos embora. - Felix murmura e encara Han. — Me ligue imediatamente se precisar de algo, tá bom?
Os dois se abraçam uma última vez e Minho se despede do Jisung, fazendo carinho em seu cabelo.
— Eu fico com a Tzuyu e você leva o Han pro apartamento. - mando e Seungmin franze o cenho.
— Então faremos assim, - ele dá alguns passos ficando mais próximo de mim. — eu o levo e chamo Bang Chan pra ficar com ele, e volto assim que possível. Pode ser?
Jisung pigarreia e pergunta:
— Ninguém quer saber o que eu acho?
— Não. - respondo fitando seus olhos avermelhados. — Vá pra casa e depois explique o que aconteceu.
O céu começa a ficar cinza e as nuvens escuras se aproximam cada vez mais, mostrando que a chuva cairia a qualquer momento.
Seungmin me encara e antes que qualquer um pudesse falar algo, Han e ele desaparecem da nossa vista.
— Vamos nos separar pra tentarmos achar a alma da garota que morreu. - mando me afastando da Tzuyu, enquanto ela ia na direção oposta.
Poucas gotas começavam a cair e os alunos que restavam corriam pro dormitório, deixando toda parte externa vazia.
Penso que a alma não teria ido muito longe, talvez ainda esteja associando tudo o que aconteceu. Era muito normal encontrar espíritos assim.
Mas apesar de muita procura, não encontramos nada. Agora eu estava com a Tzuyu olhando o lugar em que o corpo foi encontrado, a chuva forte se fazia presente, nos deixando encharcadas. Mas eu não iria embora antes de achá-la.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...