— Você o quê?! - exclamo sem me importar com as pessoas perto de nós.
— É isso mesmo, Yurim. Eu escondi o objeto que o rei mandou Seungmin achar. - ele diz como se fosse algo normal.
— Por quê?! Logo você que nunca fez nada fora da linha. Por que fez isso? - pergunto perplexa, ainda sem acreditar.
— Eu te disse, não acho certo obrigar vocês dois a fazerem isso. - Chan suspira. — Tive que tomar essa decisão.
— E o que acontece quando o rei descobrir?
— Provavelmente vou ter alguma punição, - arregalo os olhos. — não se preocupe. Não é nada que me fará mal.
— Não estou preocupada. - murmuro mentindo. — Mas então, vai esconder até quando?
— Quando resolvi tomar essa atitude vim convencido que te faria uma proposta.
— E qual é? - questiono desconfiada.
— Converse com Jisung. - pendo a cabeça, sem entender aonde ele queria chegar. — Quero que tenha uma conversa sincera com ele, diga o que o rei quer que façam e explique que o que ele verá não será nada fácil.
— Então quer que eu explique pra ele o intuito de tudo isso, e que ele vai presenciar coisas horríveis?
— É, tipo isso. Só não quero que ele mergulhe de cabeça nisso, sabe? Não sem antes ter um aviso prévio.
— Entendi. - me encosto na cadeira.
— Sei que é um pedido difícil de fazer, você pode tomar o tempo que precisar.
— Certo.
— Só não demore muito. - diz rindo e eu o encaro entediada.
— Vou fazer quando eu achar apropriado. - falo deixando a xícara vazia de lado. — Onde você escondeu o vaso?
— Não sou tão inocente, Yurim. - ele ri. — Se te contar você vai correndo destruí-lo.
— Errado você não está.
— Eu te conheço, nós temos uma história juntos.
Dou risada ao ouvir suas palavras.
— Uma história? Você apareceu pra mim apenas por alguns segundos.
— Mas mudei sua vida, não foi? - pergunta cruzando as pernas.
— Devo te agradecer por estar aqui hoje em dia? - franzo o cenho.
— Bom, se tivesse seguido o que era o certo a se fazer na época, as coisas poderiam ter sido diferentes.
Reviro os olhos.
— Não me arrependo do que fiz, e acredito que nunca me arrependerei.
— As coisas podem mudar drasticamente, - ele se levanta e sorri. — a verdade nem sempre é aquela que você acha.
— O que quer dizer com isso? - questiono irritada. — Acha que estou errada?
— Não é o que eu quis dizer, só dei um conselho. Por exemplo, no começo você queria matar Jisung… mas agora até comprou um notebook pra ele, e é claro, disse que eu dei.
— Como sabe disso? - me levanto ficando de frente a ele.
— Fui visitar Sung e levei um presente pra desejar boa sorte na sua nova caminhada. Acontece que ele achou estranho, já que eu já tinha mandado um presente por você.
— Não falou que fui eu, né?
— Quantas perguntas, Yurim. - ele ri. — Sim, eu falei. Não sabia que era pra guardar segredo.
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So Long | Han Jisung |
Fiksi PenggemarKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...