As paredes escuras começam a se mexer me levando até meu destino, dou passos apressados até ver a enorme porta preta de pedra.
A toco suavemente e a mesma se abre, me dando a visão de uma vasta ponte. Olho para baixo e o abismo era tão grande que não era possível ver o final daquilo.
A associação divina estava diferente, pelo menos a entrada.
Quando toco a madeira da ponte pela primeira vez a sinto estremecer, mas continuo andando nela até chegar na metade. E é a partir daí que uma sirene alta soa junto com uma luz vermelha muito forte.
Seguro na corda que deveria servir de barra de proteção quando olho pra trás e a ponte vai caindo madeira por madeira. E então, quando finalmente fico sem ter como voltar, ela para.
O som ainda permanecia alto e a luz era tão forte que me causava dor de cabeça.
E é quando sou cercada por várias pessoas armadas com arcos, espadas e armas de fogo.
— Mãos pra cima! - a mulher à frente manda e eu a obedeço, mantendo a calma. — Essas armas podem acabar com um espírito maligno num segundo.
— Desculpe, - me arrisco a falar e a vejo apontar o arco em minha direção. — mas não sou um espírito maligno.
— Se não fosse, teria passado sem problemas até aqui, - ela ri soprado sem desviar o olhar nem por um segundo. — mas parece que está com problemas.
Realmente, ficar presa sem poder sair já é ruim, ainda mais com pessoas prontas pra me matar.
— Então parece que sua segurança é falha. - digo com o semblante fechado, a deixando irritada. — Eu sou uma ceifadora, querida.
Ela atira uma flecha vermelha, que passa de raspão em minha bochecha. Sinto um pouco de sangue escorrendo.
— Parece também que sua mira não é das melhores. - sorrio limpando o sangue, mas me irrito com a perda de tempo. — Meu assunto aqui não é com você.
— É melhor calar a boca, antes que eu arranque ela.
Um grande baque ecoa no lugar e então vejo a pessoa que procurava correndo em minha frente.
— Abaixem as armas! É uma ordem! - ele diz ofegante e os outros o encaram desconfiados. — Não me façam repetir. - dessa vez sua voz soa firme e todos o obedecem.
— Cadela! - aceno fortemente pra ele e volto a andar pela ponte intacta à minha frente. — Temos que conversar. - falo seriamente.
— Todos de volta aos seus postos. - Seungmin diz e em segundos estávamos só nós dois. — Temos um novo esquema de segurança, desculpe, vamos até minha sala.
Seguro seu braço, impedindo que ele andasse.
— Não temos tempo pra isso.
— Yurim, que diabos aconteceu? - pergunta preocupado.
Explico rapidamente o que aconteceu pro Jisung sair com raiva e Seungmin absorvia cada palavra dita por mim.
— Como ele sabia sobre Kud?
— Não sei, Seungmin. - respondo ansiosa. — Talvez tenha escutado algo da gente?
Ficamos alguns segundos em silêncio até que ele arregala os olhos.
— No seu quarto? Quando ele dormia no chão.
— Mas… falamos algo sobre Kud que tenha a ver com Han?
— Você falou que tava com medo dele ir atrás do Jisung.
— Mesmo assim, não faz sentido.
— Talvez ele já tenha associado que Kud é ruim, mas muito provavelmente ainda não sabe o que de fato ele quer… Acho que Jisung só falou isso porque estava com raiva.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...