Capítulo 41

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Drogo tem bancado o invisível há dois dias...
Ou seria eu que estou evitando encontrá-lo?
É difícil saber...
Desisti de assistir as últimas aulas e chego em casa mais cedo.
Vou direto pro jardim fumar meu remedinho.
Me deito na grama fazendo da minha bolsa travesseiro para que eu possa apoiar a cabeça.
Por alguns instantes contemplo o céu azul...
É estranho mas tenho me sentido mais conectada com a natureza.
Será que a leitura dos grimórios está mesmo me ajudando?
Acendo meu cigarro e já na primeira tragada a habitual pressão em minha cabeça diminui, só não diminuiu as dúvidas do meu coração...
Não consigo parar de pensar no Drogo.
Nicolae me contou que ele está quase descobrindo o motivo de eu fumar...
Porque ele se importaria com isso?
Fico pensando em tudo que vivi com o Drogo até agora enquanto fumo.
Na última tragada fecho os olhos, sentindo meu corpo leve e relaxado.
Do nada me sinto observada e antes que eu possa abrir os olhos...

__O que você faz aqui?

É ele...!
Não esperava vê-lo agora, meu coração começa a pulsar com força em meu peito mas finjo que não me abalei.

__Tem horas que você parece uma assombração...

Digo abrindo os olhos.
Ele está me olhando, em pé à minha frente com um sorrisinho indiferente.

__Ainda não respondeu, o que faz aqui além de fumar?

Pra que ele quer saber?
Por um acaso não posso vim ao jardim?
Decido ser irônica.

__Eu trabalho e moro aqui...

Drogo ri e eu acho sua risada divertida mas sexy ao mesmo tempo.

__Vejo que minha ratinha está de mal humor.

Dele...?
Será que lsou dele mesmo?
Num piscar de olhos Drogo se acomoda ao meu lado.
Ele se deita apoiando-se sobre um dos cotovelos e fica me encarando...
Seu olhar é curioso.
Me sinto agitada com sua proximidade, tem ficado muito difícil pra mim não agarra-lo ultimamente.
Mas daí me lembro que fui rejeitada em seu carro...

__E você, o quê faz aqui?

Até onde eu sei tanto ele como eu deveríamos estar em aula e não em casa.
Drogo afasta meus cabelos e encosta sua boca gostosa no meu ouvido...
Eu me arrepio inteira quando sua voz penetra em mim!

__Dê um palpite, embora eu duvide que você acertará.

Ele diz baixo, meio que soprando as palavras.
Me remexo sentindo meu corpo acender abruptamente por um fogo interno.
O quê ele quer?
Me atiçar pra depois me recusar?
Que ódio!
Não queria me sentir assim mas eu acho que não passo de um brinquedo mesmo no qual ele brinca de acordo com sua vontade.

__O que você tem ratinha?

Sinto sua mão me tocar levemente na cintura...

__Nada.

Ele então dá uma apertadinha me chamando atenção, o que me faz olha-lo...

__Vai, pode falar!

Fico completamente perdida com seu jeito interessado e carinhoso.
Respiro fundo e então falo...

__ Talvez... eu não sei, mas... você não acha que precisamos conversar?

Minhas palavras saem sem muita coragem mas eu não desvio meu olhar do dele.
Até porque eu não consigo, estou presa na intensidade tranquila e dourada dos seus olhos.

__E sobre o quê você quer falar?

Não é possível que ele não saiba!

__Sobre o que aconteceu...

Drogo Bartholy - Um amor impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora