Capítulo 35

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— O Átila nem precisou se esforçar para ferrar com o time. — Simon começa.

— Realmente. — Guilherme concorda.

Estamos parados perto de uma cabana que fica a mais ou menos uns 2 quilômetros da casa sede, local onde Guilherme precisa ser entregue.

— Ainda acho uma péssima ideia ficar parado aqui. — João comenta, pela quinta vez.

— Vamos esperar mais uns vinte minutos, depois decidimos o que fazer. — Simon decreta.

Mas segundos depois, percebemos que essa foi a pior decisão que tomamos.

— Porra!

— Puta que pariu!

— Ai, caralho!

Arregalo os olhos vendo os meninos sendo atingidos um por um, mas antes que eu consiga reagir, sinto o impacto.

— Cacete. — Resmungo, massageando o local dolorido.

Instantes depois a bebê e a demônia da minha vida aparecem caminhando confiantes.

— Vocês...

— Vencemos! — Ângela me olha vitoriosa, o que me deixaria orgulhoso pra caralho se eu não tivesse levado um tiro.

— Posso saber por que levei um tiro? — Minha pergunta é direcionada a minha cunhada que está com o marcador nas mãos. Marcador esse que era para estar com outra pessoa.

— É... bom, então — Alice começa a gaguejar olhando para todos os lados, menos para mim.

— Talvez porque estava fazendo coisa errada.

Ângela arqueia sua sobrancelha, me olhando com um ar de poderosa que me enche de tesão...

RAIVA, eu quis dizer que me enche de raiva.

— Esqueceu que somos do mesmo time? — Questiono.

— E você que eles são os inimigos? — Sua cara de sonsa me faz estreitar os olhos.

— Eu falei que era uma péssima ideia ficar parado aqui, Rafa. — João murmura.

— Vamos, meu amor. — Guilherme segue as duas caladinho.

É um pau mandado mesmo.

Assim que chegamos na casa sede, avistamos Átila, Marcela e minha irmã.

— Sua sagacidade é impressionante, Ângela. — Nosso chefe de segurança elogia.

— Como elas passaram por vocês? — O gatão pergunta para Julinha.

— Passando. — Dá de ombros, se divertindo com a nossa cara de idiotas.

— Subestimar o inimigo, Simon? — Átila ergue uma sobrancelha, sério.

— Com a bebê loira no volante e a Ângela como atiradora, não dava para esperar muito.

— Essa precisão dos tiros são da bebê loira. — Maicon diz com firmeza.

Estreito meu olhar na direção da Ângela.

— Demônia. — Mexo os lábios sem emitir som, e ela revira os olhos dando de ombros.

— Vocês foram tão arrogantes, — Átila começa a falar — que em nenhum momento pensou que as duas poderiam trocar de lugar.

— Mas não podia trocar de lugar. — Justifico.

— Quem disse? — Ângela cruza os braços.

Levo alguns segundos para puxar na memória o momento que Átila nos proibiu qualquer troca, mas não encontro.

FOI AQUELA ATRAÇÃO - SÉRIE CUERVO - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora