Como eu fui idiota!
Transtorno alimentar.
Estava na minha cara, caralho!
Como eu pude não perceber?
Sonso.
Eu to muito puto. Mas não é com ela, é comigo.
Sai do quarto do Luiz determinado a conversar com ela, perguntar o que se passa na sua cabeça e se preciso fosse exigir que buscasse ajuda profissional. Mas assim que o aroma do lanche bateu no meu nariz, eu entendi.
Ângela quis desesperadamente consertar aquilo, mas ela sabia que um simples hambúrguer não resolveria nem um porcento dos problemas dela. Vê-la vomitando foi horrível, seu corpo magro se contraindo a cada ânsia, me causava dor. Suas lágrimas, caindo cortaram o meu coração. Mas foi quando ela disse que sentia muito que meu chão se abriu.
Ela não havia comido aquele caralho de hambúrguer por ela, não era porque ela sabia que precisava se alimentar, não. Seu intuito foi em me agradar, em me fazer ficar, em não deixá-la depois dela ter feito exatamente o que eu mais odeio.
Uma precipitada do caralho!
Mas foi quando essa filhote de demônio começou a se despir, que a ira que eu estava lutando bravamente para manter sob controle, se desprendeu e a atacou.
Ela nunca havia me visto daquele jeito. Eu estava fora de mim, transtornado e louco de ódio por não conseguir me controlar no momento que a calcinha daquela cretina foi ao chão.
Porém, apesar de tudo isso, nada, absolutamente nada me deixou com mais raiva que escutá-la dizer que ia dar a boceta para o primeiro filho da puta que cruzasse o seu caminho caso eu não a deixasse gozar.
Já falei o quanto ela é uma precipitada do caralho?
Lógico que fiz exatamente o que ela mandou, eu sempre faço.
Já falei o quanto ela é uma demônia? No auge da minha ira, Ângela diz que é minha, demonstrando o quanto aquilo foi difícil de confessar. O quanto aquilo a deixava fraca e vulnerável.
Foi demais para mim, meu gozo veio alucinante, me fazendo tremer de uma forma tão intensa e indescritivelmente nova.
Sim, ela é minha, porra!
― Esse seu olhar de falsa inocência não vai colar, demônia. ― Meu tom de voz sai baixo.
― Como vai ser? ― pergunta baixinho ― Nunca passei por isso antes.
Da de ombros, com os olhos correndo por todo o quarto, menos em mim.
E eu que carrego o apelido de covarde?
Que piada!
― Nem eu, anjo. ― É verdade, nenhum dos dois já precisou passar por DR antes. Afinal, não existe isso na vida que levamos. ― Mas depois do que você...
― Eu estava tendo um orgasmo avassalador, não dá para levar em consideração o que saiu da minha boca naquele momento, Rafael.
Travo o maxilar.
― Sabemos muito bem que você está mentindo, Ângela, de novo. ― comento, tentando me controlar para não dar umas palmadas na bunda gostosa dela. Porra, qual a dificuldade de assumir que é minha?
― Quero ficar sozinha. ― Se ajeita deitando na cama.
Nem fodendo!
― Escuta ― me agacho ao pé da cama ― Eu gosto de você, de verdade. Seu cheiro me enlouquece, seu sorriso me atormenta o dia inteiro dentro da minha mente, sinto sua falta os dias que não te vejo e eu adoro dormir com você. Você é minha e eu também sou seu.
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FOI AQUELA ATRAÇÃO - SÉRIE CUERVO - LIVRO 2
RomanceHISTÓRIA COMPLETA + 18 Rafael é fofoqueiro. Ângela é curiosa. Rafael tem a boca suja. Ângela consegue ser pior. Rafael é sem vergonha. Ângela é precipitada. Ângela queria algo. Rafael deu exatamente o que ela queria. Ângela não quer relacio...